A comunidade de software livre foi apanhada desprevenida devido a Friburgo, uma cidade alemã, decidir voltar a adoptar o Microsoft Office depois de utilizar o OpenOffice por alguns anos. Contudo o “lobby” dos proponentes do “open source” é bastante elevado no país, e desde então têm trabalhado para mostrar que o caso “Friburgo” foi um acontecimento isolado. Agora Munique anuncia uma quantia avultada de poupanças no uso de Linux.
O Município de Munique anunciou que conseguiu poupar mais de € 10 milhões por desenvolver e utilizar a sua própria plataforma baseada em Linux, com a designação de LiMux. Esse montante poupado é o resultado de uma comparação entre o custo efectivo da migração para o LiMux e a previsão do que iria custar o processo de migração para dois cenários híbridos Microsoft (Windows com o Microsoft Office e Windows com o OpenOffice).
De acordo com o h-online, a comparação com as soluções alternativas baseadas em Windows assumiram que os sistemas devem estar no mesmo nível tecnológico, o que por exemplo, significa que no caso de não ter sido actualizado o Linux, as mesmas máquinas teriam sido actualizados para o Windows 7 no final de 2011.
Este número revelado no estudo do município é baseado nos 11.000 postos de trabalho da administração da cidade que migraram e em 15 mil PCs que foram equipados com uma suite open source de produtividade.
A adopção de uma solução Windows com o Microsoft Office teria gerado só em custos operacionais cerca de € 11,6 milhões. O Microsoft Office e suas actualizações teriam custado € 4,2 milhões, e o sistema Windows cerca de € 2,6 milhões. Se Munique tivesse escolhido usar o Windows com o OpenOffice instalado, iria incorrer em custos na ordem dos € 7,4 milhões.
Os números finais resultantes da escolha do LiMux são bastante menores. Em Setembro de 2012, o protejo LiMux só gerou € 270.000 em despesas porque não envolveu qualquer custo em licenças e não foram necessárias actualizações de hardware, devido a ser possível realizar actualizações de software gratuitas ao hardware já existente.
Este relatório chega apenas alguns dias após a cidade de Friburgo ter desistido da solução à base de software livre e voltar a adoptar tecnologias da Microsoft, alegando em particular incompatibilidades entre os formatos produzidos entre o OpenOffice e o software de produtividade da Microsoft.
Claramente o software livre (como o proprietário) demonstra-se uma solução adequada para determinados casos de uso e não uma solução universal que pretende resolver todos os problemas. Os casos de Munique e Friburgo, são bastante contrastantes das vantagens / desvantagens de uma adopção open source. Contudo os governos começam a migrar para este tipo de tecnologias e standards abertos devido a terem um custo mais simpático para o dinheiro dos contribuintes.
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