Tecnologias chave como a cloud, inteligência artificial ou – no passado – os smarthphones não travaram o nosso setor. Essencialmente, e nos últimos 25 anos, mudaram a forma como as pessoas planeiam, reservam e decidem as suas viagens de negócios.
Da disquete à inteligência artificial
No início dos anos 90, a disquete foi o suporte para tudo, até para as soluções de T&E (travel & expenses). Esta forma de “transporte e armazenamento” permitiu, pela primeira vez, que a contabilização de despesas corporativas fosse muito além do habitual formulário impresso. É assumido que deixámos, há já largos anos, o uso da disquete.
Hoje, as aplicações estão na cloud o que permite que as despesas sejam controladas e guardadas com segurança mesmo quando colaboradores viajam para qualquer parte do mundo. Também em 2007, o primeiro iPhone revolucionou a forma como as pessoas passaram a comunicar, navegar e fotografar. Com as Apps Stores surgiu uma solução revolucionária para o mercado: as empresas passaram a poder apresentar e vender os seus softwares de forma simples e abrangente. Hoje, por exemplo, quaisquer colaboradores de uma empresa, desde a receção ao CEO, têm disponível soluções de T&E com várias integrações de parceiros que tanto permitem reservar um táxi como receber o reembolso do IVA.
O futuro das viagens corporativas
O que o passado nos tem demonstrado é que as novas tecnologias são geradoras de mudanças rápidas. Para que estas possam ser utilizadas, o seu potencial deve ser identificado numa fase inicial. Big Data, Bots e IA irão trazer mudanças significativas: até 2030, o processo de reserva de viagens será, em grande parte, automatizado.
A inteligência artificial permitirá que as reservas sejam feitas automaticamente de acordo com diretrizes, incluindo as preferências do viajante e o uso de programas de fidelidade para fazer, por exemplo, upgrades aos quartos de hotel. Mais, os sistemas de reserva inteligente irão analisar os dados da viagem, para que numa próxima vez, a mesma já seja taylor made e, sem dúvida, que este fator torná-las-ão muito mais “apetecíveis” de gerir.
Como, amanhã, o mundo será ainda mais produtivo, este “novo conforto”, associado à gestão de viagens corporativas, será necessário para que aqueles que viajam com mais frequência possam gerir as suas tarefas de forma eficiente. A tendência que está a surgir é muito clara – as pessoas querem, até 2030, soluções individualizadas e de fácil utilização para reservar e definir as suas viagens de negócios. Contudo, é de ressalvar que as ferramentas do futuro têm não só de ser capazes de satisfazer os requisitos do viajante, como também das empresas.
É notório que as mudanças das últimas décadas demonstram que o sucesso de empresas especializadas, por exemplo, em soluções integradas de gestão de viagens e deslocações corporativas está intimamente ligado (como seria de esperar) à história da tecnologia. É necessário ver o enorme potencial das novas tecnologias, trabalhar em antecipação e integrá-las nos produtos.
Autor: João Carvalho, Head of SAP Concur | Southern Europe and Africa
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