Com golpes simples e muita criatividade, cibercriminosos brasileiros roubam dados bancários de milhares de internautas. Embora escondam seu rosto e nome, são facilmente encontrados em fóruns, diversas redes sociais e em plataformas como o Youtube, sempre se vangloriando, detalhando as suas fraudes virtuais e exibindo seus feitos.
Este grupo de cibercriminosos se autodenominou como Rauls, Raul ou simplesmente Coletivo Raulzada e tem diferentes especializações e maneiras de agir na web. O que os mantém conectados é o objetivo de obter a maior quantidade de dinheiro de modo rápido. Aliás, especialistas apontam que o imediatismo é a principal característica destes hackers brasileiros.
Segundo a Federação dos Bancos, só nos primeiros seis meses de 2012, os Rauls roubaram 685 milhões de reais. Para se ter uma dimensão do alcance das perdas, os prejuízos com roubos armados não ultrapassou os 55 milhões.
Criatividade é outra característica que une a Raulzada. Pioneiros em códigos maliciosos, eles foram os primeiros a usar o Twitter como plataforma para controlar um malware – ação relativamente segura, já que enquanto ninguém denunciar o perfil, ele continuará na ativa. Além disso, o processo tem custo quase nulo e eficiência garantida.
Atualmente, o grupo está migrando para o Facebook, numa tentativa de aproveitar seu crescimento e alcance massivo.
Outra forma de ação adaptada pelos Rauls é o phishing, aplicado em massa. Para dar mais veracidade aos golpes, os criminosos formam e usam um banco de dados com informações roubadas. Dessa forma, eles têm acesso a nomes, endereços de e-mail e números de CPF e RG. Então, escolhem suas vítimas e enviam e-mails muito parecidos aos originais da Receita Federal, Bancos Oficiais e outros órgãos.
Uma característica comum de seus e-mails forjados é o redirecionamento para a página do órgão ou o pedido para que o usuário execute um aplicativo, às vezes travestido de verificação de segurança. Esses malwares, depois de se infiltrarem em uma máquina, armazenam tudo o que é digitado, enviando para os criminosos as informações coletadas. Daí a importância de investir na compra de um bom antivírus.
Outro golpe destes cibercriminosos é infectar sites verdadeiros, se aproveitando de usuários que não têm a versão mais recente do Java. E em uma atuação mais sofisticada, os Rauls conseguiram, a partir de programas maliciosos, alterar as configurações de navegadores atingidos, redirecionando todo o acesso do computador para um Proxy, responsável por clonar a página e, consequentemente, roubar as informações ali digitadas.
E a proteção?
Embora pareça assustador, e de fato é, se proteger pode ser relativamente simples. A primeira coisa a ser lembrada é que órgãos oficiais e grandes empresas dificilmente pedem atualização de dados pessoas via e-mail.
Além disso, é preciso manter atualizados os programas de proteção como antivírus, firewall, flashs e adobe, assim como não clicar em banners, links ou outra ‘coisa brilhante’ que ‘pule’ na tela.
Cuidado e atenção são as melhores maneiras de se proteger na web.
Este artigo foi criado pela equipe Bitdefender Antivírus para uso exclusivo do Tech&Net
Fonte das imagens: Free Digital photos
Comentários