Investir é um ato emocional. Assim como qualquer outra decisão que tomamos em nossas vidas, as de investimentos também se amparam em nossas emoções (decisões emocionais) para que possamos escolher qual o melhor caminho para se seguir.
E não é para menos, afinal durante essa decisão muitas coisas podem estar em jogo. Entretanto, o que muitos veem como uma coisa ruim pode, na verdade, ser a chave para conseguir ótimas brechas no mercado quando bem estruturada e pensada.
Assim, estamos falando aqui de entender o ciclo de decisões emocionais para que você possa usá-lo a seu favor.
Vamos entender quais são as partes que constroem os altos e baixos desse diagrama e como você pode evitar cometer erros impulsionados por seus sentimentos.
Decisões emocionais e o ciclo do investidor
O mercado é repleto de picos e vales que influenciam diretamente nas escolhas que tomamos ao investir. Ações em alta tendem a nos deixarem mais confiantes e ousados para apostar em nossas decisões.
Da mesma forma, quando tudo está em baixa, tendemos a nos tornar mais conservadores em relação a onde vamos investir nosso dinheiro.
Contudo, o lado bom desse caminho não linear que o mercado percorre é que ele pode ser mapeado e entendido para que possamos quase que prever o futuro. Esse diagrama chamado de ciclo emocional do investidor é composto por 5 diferentes fases, que juntas constituem uma tomada de decisão.
Ao conhecê-las você será capaz de entender em que ponto do ciclo está e o que virá a seguir, impedindo que se desespere ou se empolgue e cometa erros que depois poderão ser muito prejudiciais.
As fases do ciclo são:
- Otimismo: Essa é a etapa na qual a confiança do investidor começa a subir. Durante o otimismo nos sentimos empolgados para investir e tendemos a não analisar totalmente o cenário em que estamos por conta desse deslumbre com um pico positivo no mercado.
- Euforia: O ponto mais alto da parte positiva do ciclo, a euforia costuma ser identificada por aquele sentimento de “preciso comprar mais”. Ela é ótima para nos empurrar para investimentos maiores, mas pode ser um risco se não tomarmos cuidado.
- Negação: Quando os investimentos começam a baixar, ou não seguem o caminho que estávamos prevendo, é comum que a negação apareça como um estado no qual achamos que é apenas uma fase, da qual logo nos recuperaremos. O perigo da negação é que dificilmente os investidores tomam providências quando ela aparece, pois acham que é passageira.
- Rendição: Uma vez que as coisas não melhoram, o investidor se rende e começa a vender tudo o que comprou nas etapas de otimismo e euforia.
- Relutância: as coisas começam a melhorar, mas é como se estivéssemos um pouco traumatizados. Na relutância é difícil que nos arrisquemos no mercado, mas com o tempo ela é quebrada pelo ressurgimento do otimismo.
Como usar as decisões emocionais a seu favor?
Agora que sabemos como o ciclo emocional do investidor funciona, podemos conversar sobre como usar ele a nosso favor.
Na verdade, os passos que nos ajudam a entender e usufruir deste ciclo são bem simples e até um tanto óbvios. Porém, quando observados da perspectiva do ciclo, se tornam muito mais claros e contribuem para não cometamos erros durante os pontos mais altos e mais baixos do diagrama mostrado.
Foque em seus objetivos
A primeira coisa que devemos mencionar é que jamais se deve perder de vista os objetivos que desejamos alcançar no final.Desse modo, ficará mais difícil tomar decisões ruins.
A ideia aqui é sempre manter seu foco, assim, mesmo quando as coisas não saírem como o planejado, terá algo para absorver.
Entenda sua tolerância ao risco
Todos nós temos um nível de tolerância ao risco que precisa ser medido e controlado. Ele é responsável por nos dizer o quanto estamos dispostos a investir sem ter uma confirmação de retorno.
Essa dica é importante em especial nos momentos de euforia. Se não pararmos para refletir sobre tais tolerâncias, é fácil que cometamos erros.
Se mantenha informado
O último ponto é uma carta na manga que serve para qualquer estratégia, framework ou ideia de gestão que deseja seguir. Sem exagero algum quando dizemos isso, a informação é a moeda mais valiosa do mercado.
Por isso, colete dados constantes, e se mantenha informado sobre o seu nicho. Desse jeito, conseguirá sempre se manter atento na hora de tomar uma decisão.
Conclusão
As decisões emocionais fazem parte dos investimentos e não há como fugir delas. Então, por qual motivo não usá-las a nosso favor?
Conheça as diferentes etapas pelas quais todos os investidores passam para que possa prever e influenciar o seu mercado, sem que seja pego pelas próprias armadilhas que nossas emoções criam na hora de investir.
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