A TikTok está de volta às principais lojas de aplicações após um período de incerteza que quase levou à sua proibição nos Estados Unidos. Esta notícia marca o fim de um capítulo turbulento para a empresa chinesa ByteDance, proprietária da TikTok, e traz alívio para milhões de utilizadores nos EUA.
O drama da TikTok: uma cronologia de eventos
No mês passado, a TikTok enfrentou uma possível proibição nos Estados Unidos devido a uma lei assinada pelo então presidente Joe Biden em abril do ano passado. Esta legislação, conhecida como “Protecting Americans from Foreign Adversary Controlled Applications Act”, exigia que a ByteDance vendesse a TikTok ou enfrentasse uma proibição no país. O prazo para a venda foi estabelecido para 19 de janeiro de 2025.
As preocupações dos legisladores americanos centravam-se em dois pontos principais:
- A possibilidade de a TikTok, como empresa chinesa, estar a recolher dados pessoais de utilizadores americanos, incluindo adolescentes.
- O receio de que a aplicação pudesse estar a disseminar propaganda chinesa para os jovens americanos através do seu conteúdo.
Na noite de 18 de janeiro, a TikTok foi temporariamente encerrada e removida da App Store da Apple e da Play Store do Google. No entanto, no dia seguinte, a aplicação voltou a funcionar, após o recém-eleito presidente Donald Trump anunciar que daria à ByteDance mais tempo para encontrar um comprador.

O regresso da TikTok às lojas de aplicações
Apesar do funcionamento da aplicação ter sido restabelecido, a Apple e o Google mantiveram a TikTok fora das suas lojas de aplicações por precaução. As empresas temiam possíveis multas caso mantivessem a aplicação listada, mesmo com as garantias de Trump.
A situação mudou ontem, quando tanto a Apple como o Google receberam uma carta da Procuradora-Geral dos EUA, Pam Bondi, afirmando que uma proibição da TikTok não seria iminente. Esta garantia permitiu que ambas as empresas se sentissem seguras para reintroduzir a TikTok nas suas lojas de aplicações.
A mudança de postura deve-se a uma ordem executiva emitida por Trump a 20 de janeiro, na qual ele instruiu o seu Procurador-Geral a não tomar medidas para aplicar a lei durante 75 dias. Este período permitiria à nova administração determinar o melhor curso de ação em relação à TikTok.
Implicações para os utilizadores e para o mercado
O regresso da TikTok às principais lojas de aplicações é uma notícia bem-vinda para os milhões de utilizadores nos Estados Unidos que dependem da plataforma para entretenimento e, em alguns casos, para os seus negócios.
Para a ByteDance, este desenvolvimento oferece um alívio temporário, mas a empresa ainda enfrenta desafios significativos. A extensão do prazo não elimina a necessidade de encontrar uma solução a longo prazo que satisfaça as preocupações de segurança dos legisladores americanos.
O futuro incerto da TikTok nos EUA
Embora a TikTok esteja de volta às lojas de aplicações, o seu futuro nos Estados Unidos permanece incerto. A nova administração terá de avaliar cuidadosamente os riscos de segurança percebidos e equilibrá-los com os interesses comerciais e as liberdades dos utilizadores.
É provável que vejamos mais desenvolvimentos nesta história nos próximos meses, à medida que a ByteDance trabalha para encontrar uma solução que satisfaça tanto os reguladores americanos como os seus milhões de utilizadores nos EUA.
Por enquanto, os utilizadores da TikTok podem respirar de alívio e continuar a desfrutar da aplicação. No entanto, esta saga serve como um lembrete da natureza complexa e por vezes volátil do panorama tecnológico global, onde as considerações de segurança nacional e as dinâmicas geopolíticas podem ter um impacto direto nas aplicações que utilizamos diariamente.
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