A famosa atriz hollywoodiana, Scarlett Johansson, está a liderar uma campanha urgente para regular a inteligência artificial (IA) nos Estados Unidos. Esta iniciativa surge após um vídeo deepfake não autorizado, no qual a sua imagem foi utilizada, se ter tornado viral nas redes sociais.
Recentemente, um vídeo gerado por IA começou a circular nas plataformas de redes sociais, causando preocupação. O conteúdo apresenta uma versão artificial de Johansson, juntamente com representações de outras celebridades judias, incluindo:
- Drake
- Jerry Seinfeld
- Steven Spielberg
- Mark Zuckerberg
- Jack Black
- Mila Kunis
- Lenny Kravitz
O vídeo, que termina com a mensagem “Basta!” e “Junta-te à luta contra o antissemitismo”, levantou questões sérias sobre o uso ético da IA na criação de conteúdo.

A posição firme de Scarlett Johansson contra inteligência artificial
Em resposta a este incidente, Johansson emitiu uma declaração contundente:
“Sou uma mulher judia que não tolera o antissemitismo ou discurso de ódio de qualquer tipo. No entanto, acredito firmemente que o potencial para o discurso de ódio multiplicado pela IA é uma ameaça muito maior do que qualquer pessoa que assuma a responsabilidade por ele. Devemos denunciar o uso indevido da IA, independentemente da sua mensagem, ou arriscamo-nos a perder o controlo da realidade.”
A atriz enfatiza a necessidade urgente de regulamentação, afirmando que é “aterrorizante” que o governo dos EUA se paralise quando se trata de aprovar legislação que proteja todos os seus cidadãos contra os perigos iminentes da IA.
Um problema recorrente para Johansson
Este não é o primeiro encontro de Johansson com o uso não autorizado da IA. No ano passado, a atriz ameaçou tomar medidas legais contra uma empresa que utilizou a sua semelhança gerada por IA num anúncio sem autorização. Além disso, em maio de 2023, Johansson ficou “zangada” e “chocada” ao ouvir uma voz semelhante à sua no assistente de IA ChatGPT da OpenAI.
Embora os legisladores dos EUA tenham introduzido um projeto de lei para combater deepfakes sexualmente explícitos no ano passado, tem havido pouco progresso em relação a outras formas de regulamentação da IA. Com as ferramentas de IA a tornarem cada vez mais fácil a criação de vídeos deepfake, a preocupação é que, sem regulamentação adequada, estes possam causar danos significativos num futuro próximo.
O apelo à ação
Johansson está a utilizar a sua plataforma para pressionar o governo dos EUA a implementar regulamentações que proíbam vídeos deepfake criados com IA. O seu objetivo é proteger não apenas as figuras públicas, mas todos os cidadãos dos potenciais perigos desta tecnologia em rápida evolução.
À medida que o debate sobre a ética e a regulamentação da IA continua, o caso de Scarlett Johansson serve como um lembrete poderoso dos desafios que enfrentamos na era digital. A necessidade de equilibrar a inovação tecnológica com a proteção dos direitos individuais e a integridade da informação nunca foi tão premente.
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