A Samsung prepara um mecanismo de dobragem dupla que elimina o principal problema dos smartphones dobráveis: a exposição do ecrã. Fontes da indústria confirmam que o sistema inspira-se nos protótipos G-Flex, dobrando simultaneamente para dentro em ambos os lados.
Ao contrário do modelo triplo da Huawei (que deixa o ecrã parcialmente exposto na dobragem em S), esta técnica encapsula completamente o ecrã dobrável, resultando numa proteção total contra riscos e quedas acidentais.
Principais características reveladas até agora:
- Ecrã desdobrado de quase 10″ polegadas, tornando-se um rival para tablets de consideráveis dimensões
- Uso exclusivo de películas protetoras otimizadas para múltiplas dobragens
- Peso equiparável ao Huawei Mate XT, mas com espessura ligeiramente superior

Estratégia arriscada para reconquistar a coroa dos dobráveis
A aposta num design radical surge num momento crítico. Enquanto concorrentes como a OnePlus e Google estão no processo de refinar os modelos existentes, a Samsung tenta recuperar o título de “rei da inovação” com um produto que utiliza painéis fléxiveis de 3ª geração e um formato que mais nenhuma outra fabricante decidiu apostar com a dobra em “G”.
Outro fator muito arriscado é o seu preço, que poderá alegadamente ser superior a 2000 euros, um valor que 99% dos utilizadores não estarão capazes de pagar por um novo smartphone. Por isso, fica também a possibilidade deste primeiro modelo acabe por ser quase um teste par medir o potencial interesse neste formato, para depois investir no desenvolvimento de um novo smartphone dobrável mais acessível.
Fontes ligadas à produção sugerem que a marca enfrenta pressão para justificar os rumores de estagnação na série Z. O lançamento antecipado para Q3 2025 (em vez de 2026) seria uma tentativa de capitalizar o fator “novidade” antes que rivais apresentem alternativas.
Será o suficiente para impressionar o mercado?
Analistas mantêm céticas quanto ao sucesso comercial. Ross Young, especialista em displays, alerta que a combinação de preço elevado e complexidade técnica poderá limitar o apelo a nichos específicos. A verdadeira prova virá na capacidade de a Samsung resolver problemas históricos dos dobráveis: durabilidade a longo prazo e espessura excessiva.
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