Com o prazo do banimento do TikTok nos Estados Unidos a aproximar-se rapidamente, Donald Trump apresentou uma proposta surpreendente ao Supremo Tribunal, posicionando-se como um mediador crucial para o futuro da aplicação no país.
Num movimento que apanhou muitos de surpresa, Trump, que anteriormente tinha tentado proibir o TikTok durante o seu mandato, surge agora como um potencial salvador da plataforma. Através de um documento legal apresentado na passada sexta-feira, os advogados do ex-presidente solicitaram ao Supremo Tribunal que adiasse a aplicação da lei que visa banir o TikTok ou forçar a sua venda, prevista para 19 de janeiro.
O argumento central apresentado sublinha que esta decisão requer uma “consideração ponderada” e não deve ser apressada, especialmente tendo em conta as preocupações relacionadas com a Primeira Emenda e questões de segurança nacional. Trump afirma ser a pessoa mais adequada para negociar uma resolução que satisfaça todas as partes envolvidas.
O debate constitucional em torno da proibição
Vários membros do Congresso, incluindo senadores de ambos os partidos, manifestaram-se contra a lei do banimento. O Senador Edward J. Markey, o Senador Rand Paul e o Representante Ro Khanna argumentam que a proibição não resiste ao escrutínio da Primeira Emenda, classificando a lei como “ilegítima”.
Os legisladores sugerem que a justificação principal para o banimento – prevenir a manipulação encoberta de conteúdo pelo governo chinês – mascara um desejo mais profundo de controlar o conteúdo da plataforma. Defendem que existem alternativas menos restritivas para abordar as preocupações de segurança nacional.
O Supremo Tribunal agendou as argumentações orais para 10 de janeiro, numa corrida contra o tempo antes do prazo de 19 de janeiro. O TikTok e os criadores de conteúdo solicitaram que os seus argumentos sejam considerados separadamente, permitindo ao tribunal avaliar diferentes perspetivas sobre a questão da Primeira Emenda.
Trump argumenta que, como futuro Chefe do Executivo, tem um interesse particular e uma responsabilidade específica nas questões de segurança nacional e política externa. Defende ser o ator constitucional mais adequado para resolver a disputa através de meios políticos.
As implicações para os utilizadores
Com mais de 170 milhões de utilizadores nos Estados Unidos, o TikTok tornou-se não apenas uma plataforma de entretenimento, mas também um importante veículo para campanhas políticas. A possível proibição afetaria significativamente tanto criadores de conteúdo como utilizadores comuns.
O Procurador-Geral Merrick Garland mantém-se firme na defesa da lei, instando o Supremo Tribunal a focar-se na questão central: determinar se uma venda forçada do TikTok, que permitiria à aplicação continuar a operar sem impactar a liberdade de expressão americana, viola a Primeira Emenda.
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