A OpenAI lançou hoje um contra-ataque devastador a Elon Musk, publicando uma série de emails e mensagens que parecem contradizer as acusações do multimilionário sobre a missão original da empresa. De acordo com as comunicações divulgadas, Musk terá sido um dos principais impulsionadores para transformar a OpenAI numa empresa com fins lucrativos.
Os documentos revelam que, já em 2015, Musk propôs um modelo híbrido para a OpenAI, que incluiria componentes lucrativos e não lucrativos. A situação intensificou-se em 2017, quando o empresário sugeriu uma fusão com uma empresa de hardware, possivelmente a Cerebras, especializada em processadores.
As revelações não param por aqui. A OpenAI afirma que Musk exigiu uma posição maioritária na empresa, entre 50% e 60% das ações, e insistiu em ter “controlo inequívoco” como diretor executivo. Para concretizar este plano, chegou mesmo a criar uma empresa de benefício público denominada “Open Artificial Intelligence Technologies, Inc” no estado de Delaware.
A proposta rejeitada que mudou tudo
Após a rejeição inicial da sua proposta, Musk apresentou um plano alternativo ainda mais ambicioso: integrar a OpenAI na Tesla. O plano incluía um orçamento inicial de mil milhões de dólares, com perspetivas de crescimento exponencial. No entanto, a liderança da OpenAI recusou novamente a proposta.
Esta sequência de rejeições levou à saída de Musk da OpenAI em 2018, marcando um ponto de viragem na relação entre as partes. A empresa afirma que, posteriormente, ofereceu a Musk participação na sua divisão lucrativa em várias ocasiões, mas o empresário declinou todas as propostas.
“Não podes processar o teu caminho até à inteligência artificial geral”, declarou a OpenAI num comunicado direto a Musk, reconhecendo as suas conquistas, mas sugerindo que a competição deveria acontecer no mercado e não nos tribunais.
O impacto nas empresas rivais
A tensão entre as partes intensificou-se no mês passado, quando os advogados de Musk alegaram que a OpenAI está a prejudicar a xAI, a sua empresa rival, ao exigir que os investidores não financiem a concorrência. Esta acusação surge após relatos do Financial Times sobre as condições impostas pela OpenAI aos seus investidores na última ronda de financiamento.
Curiosamente, a xAI parece não estar a sofrer com estas restrições. A empresa acaba de garantir um investimento de 6 mil milhões de dólares, com participação de importantes investidores como a Andreessen Horowitz e a Fidelity, consolidando-se como uma das empresas de inteligência artificial mais bem financiadas do mundo.
A OpenAI enfrenta agora pressão para completar a sua transição para uma estrutura com fins lucrativos. Segundo a Bloomberg, os investidores da última ronda de financiamento têm o direito de recuperar o seu investimento se a empresa não concluir esta transformação nos próximos dois anos, adicionando uma nova camada de complexidade a esta já intricada disputa legal.
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