A LG distribuiu milhões em prémios aos seus funcionários, provenientes dos pagamentos de licenciamento de patentes pela Apple, com alguns a receberem mais de 1 milhão de dólares.
Durante o ano de 2022, a LG recebeu um pagamento substancial de patentes por parte da Apple e de outra empresa não identificada, após ter abandonado o seu negócio de telemóveis. Esta informação foi agora revelada pelo conhecido portal The Elec.
Os pagamentos de licenciamento ascenderam a 890 mil milhões de won (aproximadamente 635 milhões de dólares), sendo que 90% deste valor foi pago pela Apple. Estes pagamentos foram principalmente relacionados com patentes essenciais, indispensáveis para o funcionamento dos iPhones.
Lei sul-coreana beneficia inventores e funcionários
Na Coreia do Sul existe uma lei denominada “Invention Promotion Act”, que tem como principal objetivo incentivar a criatividade no setor tecnológico. Esta legislação estabelece que pelo menos 5% dos lucros provenientes de patentes essenciais devem ser distribuídos pelos inventores e funcionários que estiveram envolvidos no processo de proteção da propriedade intelectual.
De acordo com fontes do The Elec, mais de uma centena de funcionários da LG beneficiaram desta distribuição de lucros. Alguns deles chegaram mesmo a receber mais de 1 milhão de dólares, demonstrando o impacto significativo desta política de incentivos.
O governo sul-coreano implementou esta lei com o objetivo de impulsionar o registo de patentes por parte das empresas do país, incentivando a inovação e criatividade através de recompensas monetárias.
O legado da LG no mundo dos smartphones
A LG Electronics ficou conhecida por criar alguns dos smartphones Android mais interessantes e únicos do mercado. No entanto, apesar de ter mantido uma quota de mercado próxima dos 10% nos Estados Unidos, a empresa não conseguiu transformar as suas ideias inovadoras em sucesso comercial.
Em 2021, a empresa decidiu abandonar o mercado de smartphones, cedendo terreno a gigantes como a Apple e a Samsung. Desde então, tem-se concentrado no licenciamento de patentes como fonte regular de rendimento, aproveitando o seu extenso portfólio de propriedade intelectual.
A empresa também vendeu várias patentes a empresas chinesas, como a Vivo, que necessitavam de construir um portfólio robusto para se protegerem de litígios. Um exemplo recente foi o caso da Nokia com a Oppo, que impediu esta última de vender os seus smartphones em vários mercados internacionais durante um período considerável.
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