Uma fuga de informação significativa do departamento gChips da Google revelou um conjunto de funcionalidades inovadoras que poderão equipar os próximos Pixel 10 e 11. As informações, partilhadas pela Android Authority, mostram que a gigante tecnológica está a preparar uma verdadeira revolução na forma como interagimos com os smartphones através da inteligência artificial.
Um novo patamar em fotografia e vídeo
O processador Tensor G5, que deverá estrear-se no Pixel 10, traz consigo um conjunto de melhorias significativas no departamento multimédia. Uma das novidades mais aguardadas é o suporte para vídeo HDR em 4K a 60 fotogramas por segundo, uma evolução natural face aos atuais 30 fps disponíveis nos modelos existentes.
Os documentos revelados sugerem ainda que o Pixel 11 poderá incluir uma funcionalidade de zoom até 100x, tanto em fotografia como em vídeo. Esta capacidade será possível através de um sistema avançado de aprendizagem automática, complementado por uma nova câmara telefoto de última geração.
A funcionalidade mais promissora para os entusiastas da fotografia noturna é o modo “Ultra Low Light” para vídeo, também conhecido como “Night Sight video”. Ao contrário da versão atual, que depende de processamento na nuvem, esta nova iteração funcionará inteiramente no dispositivo, sendo especialmente eficaz em condições de iluminação entre 5 a 10 lux – aproximadamente a luminosidade de uma sala pouco iluminada.
Inteligência artificial reinventada
O novo processador da Google não se limita apenas a melhorias na câmara. A empresa está a desenvolver várias funcionalidades baseadas em IA, incluindo o “Video Generative ML”, que promete revolucionar a forma como editamos vídeos após a sua captação.
Entre as novidades encontram-se também as ferramentas “Speak-to-Tweak” e “Sketch-to-Image”. A primeira permitirá editar fotografias através de comandos de voz, enquanto a segunda transformará os teus esboços em imagens reais, numa funcionalidade semelhante à oferecida pela Samsung nos seus últimos dispositivos.
A Google está ainda a trabalhar numa misteriosa funcionalidade chamada “Magic Mirror”, embora os detalhes específicos não tenham sido revelados nos documentos. Além disso, o Tensor G5 será capaz de executar modelos baseados em Stable Diffusion diretamente no dispositivo, dispensando o atual processamento baseado em servidores.
Funcionalidades ambiente e saúde
Com a introdução do “nanoTPU” no Tensor G6, os próximos Pixel poderão incluir um conjunto impressionante de funcionalidades sempre ativas. Entre elas encontram-se várias ferramentas dedicadas à monitorização da saúde, incluindo a deteção de respiração agónica, tosse, ressonar, espirros e apneia do sono.
Os novos dispositivos poderão ainda incluir análise de marcha e monitorização avançada do sono, bem como deteção de quedas e sons de emergência. Para os praticantes de corrida, está previsto um conjunto de ferramentas específicas, incluindo análise de ritmo e monitorização do equilíbrio e oscilação durante o exercício.
Compromisso com a inovação
As novas funcionalidades reveladas demonstram o forte investimento da Google em tecnologias de processamento local, reduzindo a dependência de serviços na nuvem. Esta abordagem não só promete melhor desempenho, como também maior privacidade para os utilizadores.
O Cinematic Blur, por exemplo, receberá uma atualização significativa no Pixel 11, passando a suportar vídeo 4K a 30 fps e incluindo uma nova funcionalidade de “video relight” para ajustar a iluminação após a gravação. Graças ao novo motor de renderização cinemática, estas funcionalidades consumirão menos 40% de energia em comparação com a geração atual.
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