Adaptações não se restringem às chamadas ‘cidades do futuro’ e oferecem benefícios em larga escala para diferentes setores
Não é de hoje que a pauta sustentável ganha força, mas foi especialmente nos últimos anos que ela se tornou um elemento de base para setores como a indústria e o planejamento urbano. Veículos como uma bicicleta aro 20, que antes eram sinônimo de lazer, hoje são comercializados como equipamentos voltados para o trabalho, atrelados a um estilo de vida urbano e sustentável.
Cidades como Amsterdam são reconhecidas pelo uso massivo de bicicletas como principal meio de transporte, mas aos poucos o mundo todo busca se adaptar a essa nova realidade. Ônibus e carros elétricos, serviços de corridas compartilhadas e até mesmo edifícios residenciais entram na roda da sustentabilidade no quesito mobilidade.
Bicicletas nunca saíram de moda
Liderando a lista de principais meios de transporte ecológicos desde sempre, as bicicletas ganharam inúmeras novidades tecnológicas com o passar dos anos. A indústria visa adaptar esse veículo às novas necessidades das pessoas, principalmente olhando para contextos urbanos e suas diferentes rotinas.
Além de emitir uma quantidade de carbono insignificante, o uso das bicicletas traz benefícios para a saúde e incentiva a habitação dos espaços na cidade. Versões elétricas, que reduzem a necessidade de esforço físico do ciclista para deslocamento, estão entre as principais variações mais recentes.
Patinetes elétricos: uma alternativa
Em cidades como São Paulo, principalmente em áreas com concentração de empresas de tecnologia e tráfego urbano, como a Faria Lima, os patinetes elétricos são figuras regulares. Ainda mais práticos que as bicicletas, eles adicionam maior velocidade, com a possibilidade de aluguel temporário para deslocamento em curtas distâncias.
Outro atrativo é a possibilidade de fugir do trânsito, já que uma pessoa pode sair de uma estação de metrô e, em vez de solicitar uma corrida em aplicativo ou entrar em um ônibus, optar pelo patinete. Ele permite a circulação em áreas delimitadas, como ciclovias, sendo uma opção sustentável e eficiente para esses momentos.
Corridas compartilhadas e aplicativos de carona
Nos primórdios da chegada dos aplicativos de corrida no Brasil, existia uma funcionalidade que permitia que os usuários compartilhassem a corrida com outras pessoas, reduzindo as tarifas. Com o tempo, esse recurso foi deixado de lado, mas aos poucos retorna repaginado e lado a lado com pautas sustentáveis.
A corrida fica mais barata e os poluentes emitidos por um veículo acabam gerando uma compensação ao transportarem mais pessoas. Quem se desloca por trajetos fixos diariamente também pode se cadastrar em aplicativos de carona, por meio dos quais é possível dividir o valor do combustível e impactar na redução de veículos nas vias ocupados individualmente.
Transporte público cada vez mais inteligente
Não tem jeito: o mundo está cada dia mais conectado e a vez é dos aplicativos. Indo além dos modelos elétricos, que reduzem consideravelmente a emissão de poluentes e ganham em eficiência, as empresas de ônibus apostam em sistemas de monitoramento inteligente em tempo real.
Dessa forma, os usuários conseguem prever exatamente o horário em que uma linha passa em um local, economizando tempo e também tendo acesso à lotação dos veículos. Isso incentiva o uso de transporte coletivo em relação aos carros particulares, além de programas que tornam gratuita a circulação nas linhas em fins de semana e feriados.
O futuro ainda pode ser dos carros autônomos
Falamos de ônibus, bicicletas e patinetes elétricos, mas os carros também estão nessa corrida, embora enfrentando mais desafios. Em locais como a Califórnia, já é possível solicitar corridas em veículos totalmente autônomos, sem motorista humano. O serviço ainda é considerado experimental, mas já é uma realidade no aspecto de cidades inteligentes, representando o que podemos esperar no futuro.
Um dos principais desafios para a popularização dos carros elétricos ainda é o preço elevado em comparação com os modelos tradicionais. Aspectos como autonomia, rede de distribuição para carga e a própria disputa com a indústria de combustíveis também refletem no tempo que essa tecnologia, já entre nós, demora para se tornar uma realidade para todos.
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