Uma atualização de software da CrowdStrike, empresa de cibersegurança, resultou em falhas generalizadas de sistemas, afetando as operações de infraestruturas inteiras a nível global.
O incidente levanta questões sobre a complexidade e os riscos inerentes aos processos de atualização neste setor.
A cibersegurança: uma corrida contra o tempo
A cibersegurança é um campo em constante evolução, onde a velocidade é crucial. As empresas de cibersegurança precisam reagir rapidamente a novas ameaças, o que muitas vezes exige atualizações de sistemas de deteção na nuvem e dispositivos terminais.
A rapidez é essencial para proteger, detetar e responder a ameaças emergentes.
Testes rigorosos, mas nem sempre suficientes
As empresas de cibersegurança implementam processos rigorosos para evitar conflitos entre atualizações e sistemas operativos ou outros produtos.
Ambientes de teste automatizados simulam cenários reais, e em alguns casos, há supervisão humana para garantir que todos os procedimentos foram seguidos.
No entanto, o incidente da CrowdStrike demonstra que mesmo os testes mais rigorosos podem não ser suficientes para prever todos os cenários possíveis.
Agilidade versus segurança: um equilíbrio delicado
O desafio reside em equilibrar a necessidade de agilidade na implementação de atualizações com a garantia de segurança e compatibilidade.
Em situações ideais, as atualizações seriam testadas em ambientes controlados e implementadas gradualmente. No entanto, a natureza das ameaças cibernéticas exige uma resposta rápida, o que pode aumentar o risco de problemas.
CrowdStrike: lições a retirar e o futuro da cibersegurança
O incidente da CrowdStrike serve como um alerta para a indústria da cibersegurança. Nuno Mendes, CEO da ESET Portugal, destaca a importância de evitar a dependência de um único fornecedor e a necessidade de resiliência na arquitetura de segurança. A ESET relembra que a culpa final recai sobre os cibercriminosos, que criam a necessidade de proteção em tempo real.
Este acontecimento provavelmente levará as empresas de cibersegurança a reavaliar e fortalecer seus processos de atualização, buscando minimizar os riscos e garantir a segurança dos sistemas em um cenário de ameaças em constante evolução.
Adicionalmente, a ESET reforça a importância da “defesa em profundidade”, ou seja, a utilização de múltiplas camadas de defesa e a diversificação de fornecedores para mitigar o impacto de falhas como esta.
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