A Geração Z, nascida entre 1997 e 2012, cresceu imersa na tecnologia, sendo considerada nativa digital. Essa geração domina as redes sociais, adapta-se rapidamente às novas tecnologias e transita facilmente para o trabalho remoto e a aprendizagem digital.
No entanto, essa fluência tecnológica não se traduz em conhecimento sólido em cibersegurança, tornando-os alvos vulneráveis para cibercriminosos.
Geração Z com exposição excessiva nas Redes Sociais
A Geração Z utiliza as redes sociais para comunicar, partilhar experiências e consumir conteúdo. Essa exposição online excessiva, incluindo informações pessoais, localizações e detalhes da vida cotidiana, cria um ambiente propício para ataques de phishing e roubo de identidade.
Estudos indicam que a Geração Z é três vezes mais propensa a ser vítima de ciberfraudes do que os baby boomers.
Negligência em práticas básicas de segurança
Além da exposição online, a Geração Z frequentemente negligencia práticas básicas de segurança cibernética. A reutilização de senhas em contas pessoais e profissionais, o descaso com atualizações de software e a falta de atenção aos detalhes em mensagens e links são comportamentos comuns que aumentam a vulnerabilidade a ataques.
Gamificação: uma ferramenta promissora para a educação em cibersegurança
Para enfrentar esse desafio, especialistas sugerem a utilização da gamificação como ferramenta de educação em cibersegurança. A gamificação, que consiste na aplicação de elementos de jogos em contextos não relacionados a jogos, tem se mostrado eficaz no engajamento e na educação da Geração Z.
A gamificação permite a criação de simulações realistas de ataques de phishing, proporcionando à Geração Z a oportunidade de vivenciar e aprender com ameaças cibernéticas em um ambiente seguro. O feedback imediato oferecido pela gamificação reforça o aprendizado, permitindo que os jovens identifiquem erros e aprendam com eles em tempo real.
A gamificação também oferece a possibilidade de personalizar o aprendizado de acordo com as necessidades e interesses de cada indivíduo, tornando a experiência mais relevante e eficaz. Além disso, a colaboração e a interação social, características marcantes da Geração Z, são incentivadas por meio de elementos como trabalho em equipe e competição.
A gamificação não se limita a educar sobre segurança cibernética, mas também contribui para o desenvolvimento de habilidades essenciais para o futuro profissional da Geração Z, como pensamento crítico, adaptabilidade, resolução de problemas e criatividade.
Conclusão
A Geração Z, apesar de sua fluência tecnológica, precisa de uma educação mais eficaz em segurança cibernética. A gamificação surge como uma ferramenta promissora para preencher essa lacuna, preparando essa geração para os desafios do mundo digital e protegendo-a de ameaças cibernéticas. É fundamental que empresas e instituições de ensino invistam em programas de educação em cibersegurança que utilizem a gamificação como ferramenta de engajamento e aprendizado.
Rui Duro, Country Manager da Check Point Software Technologies em Portugal, destaca a importância da educação em cibersegurança para todas as gerações, enfatizando a necessidade de aprender a identificar e evitar ameaças como o phishing. “Para se manterem vigilantes contra ameaças como o phishing, é importante que todos os funcionários, desde os Boomers até à Geração Z, aprendam a verificar os remetentes, a examinar as listas de destinatários, a estar atentos a assuntos ou horários invulgares, a evitar anexos ou ligações desconhecidas e a ter cuidado com as mensagens que exigem uma ação urgente.“
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