A Microsoft sofreu um revés judicial nos Estados Unidos e foi condenada a pagar uma multa de 242 milhões de dólares (cerca de 220 milhões de euros) por infringir uma patente da IPA Technologies. A decisão, tomada por um júri no estado de Delaware, surge na sequência de um processo movido pela IPA Technologies em 2018, que alegava que a assistente virtual Cortana da Microsoft violava a sua patente de tecnologia de reconhecimento de voz utilizada em software de comunicação por computador.
A história desta patente remonta à Siri Company, que a desenvolveu e posteriormente foi adquirida pela Apple em 2010. A tecnologia em questão foi utilizada pela Apple para criar a sua própria assistente virtual, a Siri. A IPA Technologies, subsidiária da Wi-LAN, adquiriu a patente da Siri Company e decidiu processar a Microsoft por alegada violação.
Microsoft contesta a decisão
A Microsoft contestou a decisão do júri, argumentando que não infringiu a patente e que a mesma era inválida. A empresa já anunciou que planeia recorrer da decisão. Um porta-voz da Microsoft afirmou: “Acreditamos firmemente que não infringimos a patente”. A IPA Technologies e a Wi-LAN ainda não comentaram publicamente a decisão.
Este não é o primeiro caso em que a IPA Technologies processa empresas por violação de patentes semelhantes. A empresa já moveu ações contra a Google e a Amazon, alegando violação de patentes relacionadas com tecnologia de reconhecimento de voz. A Amazon conseguiu defender-se com sucesso em 2021, enquanto o caso contra a Google ainda está em curso.
Um futuro incerto
A decisão do júri representa um revés para a Microsoft e poderá ter implicações para o futuro da assistente virtual Cortana. A empresa terá de decidir se irá continuar a investir na Cortana ou se irá abandonar o projeto. A decisão final dependerá do resultado do recurso que a Microsoft planeia interpor.
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