A Tesla anunciou a retirada do mercado dos seus veículos Cybertruck, devido a um grave problema no pedal do acelerador. Os aceleradores podem encravar, representando um perigo para os condutores e passageiros e pode provocar acidentes. A decisão da Tesla surge numa altura em que o fabricante americano de automóveis já enfrenta outros desafios.
A Autoridade Nacional para a Segurança nas Estradas dos Estados Unidos deu a conhecer a situação. Inicialmente, foram poucos os relatos do problema, mas rapidamente se percebeu a gravidade da situação. A própria Tesla, numa publicação na rede social X, mostrou-se cautelosa com a situação. A empresa referiu que, apesar de não ter informações sobre feridos ou acidentes devido ao defeito nos aceleradores, iria avançar com a retirada dos veículos.
Aceleradores podem ficar presos
As investigações levadas a cabo pela Tesla e pela autoridade reguladora mostraram que o pedal do acelerador pode deslocar-se do devido lugar. Nalgumas situações, o pedal fica preso na zona junto aos pés do condutor. A própria Tesla confirmou que a causa do defeito está relacionada com uma mudança não aprovada, que introduziu lubrificante para ajudar na montagem da borracha no acelerador. O lubrificante residual estaria a fazer com que o pedal não ficasse fixo da forma correta.
A tecnológica diz que vai substituir ou reparar o pedal do acelerador das Cybertrucks que já se encontram no mercado (cerca de 3800 veículos, segundo os últimos dados). A Tesla também afirmou que já começou a alterar o processo de produção, para garantir que as novas Cybertrucks vêm com um pedal sem defeitos. Para além disso, as pickup que ainda se encontram a ser transportadas ou estão nos centros à espera de entrega também vão ser alvo de reparação.
Momento conturbado para a Tesla
Esta é a segunda vez que a Tesla retira a Cybertruck do mercado, embora a anterior fosse uma situação bem mais pontual e com pouca gravidade. No início de 2023, a empresa teve de realizar atualizações de software em todos os seus carros porque o tamanho da letra dos avisos era demasiado pequeno.
Este novo problema surge numa semana conturbada para a Tesla, que demitiu mais de 10% dos seus funcionários na passada segunda-feira. Dois executivos de topo também abandonaram a empresa recentemente. E, como se não bastasse, a Tesla pediu aos acionistas para votarem novamente a proposta de compensação milionária do CEO, Elon Musk, uma vez que a proposta anterior tinha sido reprovada num tribunal.
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