A gigante da computação em nuvem Snowflake está agora no campo de batalha da inteligência artificial (IA) e acaba de lançar o seu próprio modelo generativo. O modelo já tem nome: Arctic LLM. Mas será que vai abanar o mercado?
A Snowflake descreve este modelo como sendo adequado para o mundo empresarial, ou seja, está preparado para lidar com as tarefas “chatas” das empresas como a criação de códigos para bases de dados. O Arctic LLM está disponível sob uma licença de código aberto e pode ser usado tanto para investigação como para fins comerciais — e de forma gratuita.
O que há de especial no Arctic LLM?
Sridhar Ramaswamy, CEO da Snowflake, acredita que este lançamento será o primeiro passo de muitos que a empresa dará no mundo da IA generativa. Ramaswamy sublinha como este modelo vai facilitar a vida de devs e empresas e afirma que o seu objetivo é criar produtos baseados em IA. Se este discurso te soa a familiar, a razão é simples: há cada vez mais empresas a apostar nesta tecnologia.
Uma das características que diferencia o modelo da Snowflake é a sua especialização para o contexto empresarial. Isto significa que ele vai estar otimizado para gerar código de base de dados, algo que pode ser bastante valioso para as empresas. A Snowflake afirma que o seu modelo é melhor a executar este tipo de tarefa do que a concorrência, como é o caso do DBRX da Databricks.
Modelo eficiente e pronto a usar
Outra característica interessante do Arctic LLM é a sua arquitetura. É baseada num método que divide as tarefas de processamento de dados em atividades mais pequenas e estas ficam ao cuidado de pequenos modelos especializados. Esta abordagem permite à Snowflake afirmar que o treino do Arctic LLM teve um custo consideravelmente inferior ao de modelos semelhantes.
Mas quem está na mira ao criar um modelo tão especializado? Empresas, principalmente aquelas que já são clientes da Snowflake. A empresa de computação na nuvem vai dar a possibilidade de utilizar o Arctic LLM em várias plataformas — incluindo Microsoft Azure e Hugging Face. Contudo, a forma mais fácil de aceder à tecnologia será através da própria plataforma da Snowflake, a Cortex.
Qual será o futuro do Arctic LLM?
Resta saber se o Arctic LLM é mesmo a melhor ferramenta para o trabalho. Será que esta aposta da Snowflake vai vingar junto dos devs? No meio de tanta oferta de modelos de IA generativa, poderá não ser fácil para este modelo destacar-se. E mesmo com as suas vantagens, vale a pena lembrar que os modelos de IA podem apresentar falhas e produzir resultados incorretos. A tecnologia evoluiu bastante nos últimos anos, mas ainda não é perfeita.
Agora temos de esperar para ver o impacto do Arctic LLM no mercado. Será que vai ser mais um modelo no meio de tantos ou será que a Snowflake está mesmo a planear algo revolucionário?
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