A International Data Corporation (IDC) prevê que o investimento em segurança cibernética em Portugal atinja 371 milhões de euros em 2024, um aumento superior a 10% em relação ao ano anterior.
Este crescimento é impulsionado pela crescente necessidade de proteger as infraestruturas críticas e os dados sensíveis contra ameaças cada vez mais complexas, como ataques patrocinados por estados e ciberataques baseados em inteligência artificial (IA).
Investimento em segurança cibernética
No IDC Security Roadshow, realizado em Lisboa, a IDC destacou as áreas de investimento prioritário em segurança cibernética:
- Managed Services (72,67 milhões de euros): As empresas estão cada vez mais a recorrer a serviços geridos de segurança para aliviar a pressão sobre as suas equipas internas e obter acesso a expertise especializada.
- Analytics Software (62,5 milhões de euros): A análise de dados é crucial para identificar e responder a ameaças cibernéticas em tempo real. As empresas estão a investir em soluções de software analítico para obter insights mais profundos dos seus dados de segurança.
- Endpoint Software (50 milhões de euros): O software de endpoint protege os dispositivos dos utilizadores contra malware, ransomware e outras ameaças. As empresas estão a atualizar o seu software de endpoint para garantir que estão protegidas contra as últimas ameaças.
Segurança da informação na era da inteligência artificial
A integração da IA na segurança da informação levanta novos desafios e oportunidades. Por um lado, a IA pode ser usada para automatizar tarefas tediosas e melhorar a precisão da deteção de ameaças. Por outro lado, a IA também pode ser usada para lançar ataques cibernéticos mais sofisticados.
Para superar estes desafios, a IDC recomenda que as empresas estabeleçam uma ponte entre segurança e IA, baseada na confiança e na transparência. Isso significa:
- Garantir que os modelos de IA sejam treinados com dados de alta qualidade e livres de preconceitos.
- Explicar como a IA toma decisões e o impacto que essas decisões podem ter.
- Implementar salvaguardas para evitar que a IA seja usada para fins maliciosos.
As 10 principais previsões da IDC para a confiança na IA em 2024
A IDC também partilhou as 10 principais previsões que vão influenciar a confiança na IA em 2024:
- Até 2024, 35% do G2000 irá implementar IA Generativa em dados primários nos seus SOCs para deteção e resposta a analistas de nível superior.
- O pretexto emergente baseado na IA Generativa levará 45% das médias e grandes organizações a adotar soluções de deteção e resposta de identidade, até 2026.
- Até 2026, os estados que representam 20% da população dos EUA vão introduzir leis para restringir e gerir a utilização de tecnologias deepfake.
- Até 2026, 30% das organizações pretendem utilizar a IA para melhorar a privacidade dos dados.
- Até ao final de 2024, 80% das grandes organizações vão ter estendido as suas implantações de DLP para ambientes IA Generativa.
- Até 2024, 50% das organizações do G2000 terão de demonstrar práticas de soberania digital.
- Até 2026, 40% das organizações vão utilizar soluções de risco e conformidade para monitorizar continuamente os dados em tempo real.
- Até 2027, 50% das organizações pretende utilizar modelos de quantificação para atribuir um valor em dólares aos riscos cibernéticos.
- Até 2026, 20% das organizações vão utilizar uma plataforma de cibersegurança proactiva.
- Até 2025, 75% das empresas do G2000 vão ter implementado conselhos de revisão para supervisão da gestão do uso ético e responsável da IA.
Conclusão
A segurança cibernética é uma questão crítica para as empresas em Portugal. Ao investir em soluções de segurança adequadas e implementar práticas de segurança sólidas, as empresas podem proteger-se contra as ameaças cibernéticas em constante evolução e garantir a confiança dos seus clientes, parceiros e stakeholders.
Outros artigos interessantes: