A 11-bit Studios apresentou uma versão beta do seu novo título, Frostpunk 2, o sucessor do jogo de sobrevivência num mundo de gelo implacável. O novo jogo mantém a essência gélida e pós-apocalíptica, mas muda bastante a forma como jogamos. Agora, em vez de nos focarmos exclusivamente na gestão de recursos, sobrevivência, ou na construção de infraestruturas, passamos uma grande parte do tempo a lidar com o aspeto político e social.
A tua missão não será a de um ditador benevolente, mas sim a de um líder que terá constantemente as mãos atadas a lidar com várias fações ideológicas. Terás de manter a paz e evitar a revolta enquanto tentas sobreviver, algo que não parece nada fácil.
Mais conversa, menos construção
Uma das principais mudanças em Frostpunk 2 é o aumento do foco nas relações entre grupos políticos e nas suas exigências. Os jogadores terão de manter os níveis de aprovação das diferentes fações para não assistirem a revoltas e consequente colapso da sua cidade congelada.
Por exemplo, podes ter de agradar aos Tecnocratas implementando políticas de trabalho automatizadas, só que isso vai desagradar aos Trabalhadores Puros que apostam numa sociedade de valores mais tradicionais e conservadores. Para contornar esta situação, terás de agradar a outras fações, oferecendo-lhes poder de decisão sobre as próximas leis a decretar. É um jogo constante de cedências e diplomacia.
As leis e decretos continuam a ter um papel crucial, mas, segundo os relatos da versão beta, a gestão de recursos surge mais simplificada. Já não terás, por exemplo, de te preocupar com a gestão individual de madeira ou aço, mas antes com “recursos” que representam várias matérias-primas. Terás também mais poder de investimento, em detrimento da micro gestão da cidade.
Modo Utopia para construtores mais livres
A beta disponibiliza ainda o modo Utopia Builder, uma espécie de modo sandbox onde é possível explorar as possibilidades de construção da cidade e as consequências das leis que aprovamos. Neste modo, os jogadores têm três hipóteses para conquistar a vitória: descobrir petróleo, sobreviver 300 semanas, ou levar a cidade ao completo colapso.
É importante lembrar que esta é só uma versão beta do Frostpunk 2, o que significa que ainda não estão disponíveis todas as tecnologias e leis que irão surgir na versão completa. Nem tão pouco é possível atualizar o gerador, aquele monstro barulhento e fumegante que era o coração da sobrevivência no primeiro jogo.
Se gostaste do primeiro Frostpunk, e de desafios políticos complexos, então este novo jogo poderá ser ideal para ti. O lançamento oficial está planeado para o verão de 2024, mas o acesso à beta já está disponível para quem fizer a pré-compra.
A sobrevivência depende da sociedade
Frostpunk 2 parece querer aprofundar o conceito de gestão do caos social num mundo congelado, em detrimento da gestão pura e dura de recursos. É uma proposta interessante e que nos faz refletir sobre a capacidade de conciliação de grupos com pontos de vista completamente opostos. Numa sociedade à beira do colapso, a sobrevivência pode depender menos da engenharia e mais da política e astúcia de um líder.
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