Na última semana, o Web Summit Rio foi palco de uma masterclass promovida pelo Serpro, que trouxe à tona um tema crucial na era digital: a prevenção de fraudes.
Especialistas da empresa pública de TI do governo brasileiro partilharam sua vasta experiência em biometria e inteligência artificial (IA), explicando como essas tecnologias podem ser aliadas no combate a crimes como o deepfake.
Deepfake: uma ameaça real no mundo digital
O deepfake, técnica que utiliza IA para criar ou falsificar vídeos e áudios, representa uma séria ameaça à segurança digital. Através dessa tecnologia, fraudadores podem personificar indivíduos, espalhar desinformação e até mesmo realizar ataques de phishing.
Combate à IA com IA: a arma secreta contra deepfakes
Para combater essa crescente ameaça, o Serpro propõe a utilização da própria IA como ferramenta de defesa. Através de técnicas como o “liveness”, tanto em sua versão ativa quanto passiva, é possível determinar se a pessoa presente em um dispositivo está realmente viva, impedindo a utilização de imagens estáticas ou deepfakes para enganar sistemas de reconhecimento facial.
Liveness: uma camada extra de segurança
O liveness ativo exige que o usuário realize uma ação, como sorrir, piscar ou mover a cabeça, enquanto a versão passiva não exige interação, apenas a colocação do rosto em um local específico. Através de uma rede neural treinada com base de dados de imagens reais e falsificadas, a tecnologia consegue distinguir com alta precisão entre rostos autênticos e artificiais.
Detectando ataques de Replay
Além do deepfake, o Serpro também destaca a capacidade da IA de detectar ataques de replay (ataques de repetição), que consistem na interceptação e repetição maliciosa de dados válidos. Através de recursos de IA, é possível identificar, por exemplo, o reflexo de uma tela em um dispositivo, revelando a tentativa de burlar o sistema usando imagens de um tablet, smartphone ou até mesmo foto impressa.
Web Summit Rio: Sucesso de público e negócios
O Web Summit Rio, realizado entre 15 e 18 de abril, reuniu cerca de 35 mil pessoas por dia e contou com a participação de 102 países. Segundo a prefeitura do Rio de Janeiro, os acordos de cooperação assinados durante o evento devem gerar cerca de R$ 1 bilhão (cerca de 187,5 milhões de euros) em negócios para a cidade.
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