A Tesla está a lançar uma importantíssima atualização para os proprietários que subscreveram o sistema Full Self-Driving (FSD) Beta, conhecido como “Autopilot” na Europa. A nova versão v12 parece ser “alucinante”, segundo Elon Musk, e promete grandes avanços no sistema autónomo da marca.
Recorde-se que o Tesla Autopilot é ainda um sistema ADAS de nível 2, mas a empresa trabalha afincadamente para chegar aos níveis 4 ou mesmo 5 de condução autónoma. Com esta nova versão, espera-se ver mudanças substanciais. Vamos ver de que se trata?
Controlo por redes neurais: é esta a grande mudança?
Ao que tudo indica, esta nova atualização v12 utiliza aquilo a que Elon Musk chama “redes neurais de ponta-a-ponta”. O objetivo é que o sistema de condução do veículo seja controlado por software de inteligência artificial, em vez de programas codificados por humanos.
Isto deve, teoricamente, resultar numa melhoria drástica da fiabilidade do sistema, que promete reações muito mais naturais e similares às de um condutor humano. Musk não hesita em classificar esta atualização como “incrível”, tal como tem feito com muitas outras atualizações FSD Beta no passado.
Atrasos e lançamento gradual
A Tesla já tinha planeado o lançamento da versão 12 no ano passado, mas foi adiada diversas vezes. Os primeiros indícios de lançamento começaram em janeiro, mas apenas para alguns funcionários e um restrito grupo de clientes. Aliás, esta prática de lançamento gradual tem sido uma constante, com a empresa a fazer várias melhorias entre versões restritas até chegar à expansão para todos os utilizadores.
Parece que agora foi finalmente a altura certa. Muitos condutores com o sistema FSD ativo estão a relatar que já receberam a atualização para a versão v12.3 (2023.44.30.x). Mesmo assim, parece que a empresa continua a qualificar esta versão como “Beta”, uma designação que contradiz anteriores afirmações de Elon Musk.
Cautela é palavra de ordem
É sempre importante frisar que o Tesla Autopilot é um sistema que requer atenção total por parte do condutor. As mãos devem estar sempre no volante e o condutor deve estar preparado para assumir o controlo a qualquer instante. O sistema ainda está longe de proporcionar verdadeira autonomia.
Um caminho longo, mas promissor
Apesar da empolgação em torno da condução autónoma e das ambições da Tesla, o melhor é gerir as expectativas. Afinal, a fiabilidade dos sistemas FSD ainda depende unicamente de testes feitos pelos utilizadores, sem divulgação de dados oficiais por parte da Tesla.
É certo que a condução autónoma é um caminho com desafios, mas o que a Tesla tem vindo a conseguir nos últimos anos é digno de nota. A transição para sistemas baseados em redes neurais poderá de facto acelerar os avanços necessários, mas só o tempo o dirá.
Outros artigos interessantes: