Nova Iorque tornou-se a primeira grande cidade norte-americana a classificar as redes sociais como um perigo para a saúde pública, devido aos seus efeitos na saúde mental dos jovens. O anúncio foi feito pelo autarca Eric Adams.
No seu discurso anual sobre o estado da cidade, Adams criticou empresas como TikTok, YouTube e Facebook por alimentarem uma crise de saúde mental com as suas plataformas, que possuem recursos viciantes e perigosos.
O autarca expressou a necessidade de as grandes empresas de tecnologia assumirem a responsabilidade pelos seus produtos que classificou como perigo para a saúde pública
Nova Iorque alerta para redes sociais
Com esta medida, Nova Iorque torna-se a primeira grande cidade dos Estados Unidos a alertar para o perigo das redes sociais. O Dr. Ashwin Vasan, comissário de saúde da cidade, emitiu um aviso oficial designando as redes sociais como um perigo de crise de saúde pública.
Segundo um comunicado emitido por Vasan, Nova Iorque enfrenta uma “crise de saúde mental juvenil” e está comprometida em tomar medidas junto das devidas plataformas virtuais. Os dados mais recentes, de 2021, indicam que 38% dos estudantes do ensino secundário de Nova Iorque sentiram-se tão tristes ou sem esperanças durante o ano passado que pararam de realizar as suas atividades habituais.
Entre 2011 e 2021, as taxas de pensamentos suicidas recorrentes entre estudantes aumentaram mais de 34%. Além disso, segundo dados de 2021, 77% dos alunos do ensino secundário passavam três ou mais horas por dia em frente a ecrãs num dia escolar normal, sem incluir o tempo gasto em trabalhos escolares.
O comunicado também oferece orientações aos jovens sobre como fazerem uso saudável das redes sociais, como a implementação de horários e locais livres de tecnologia, monitorização de emoções durante o uso, e partilha de preocupações relacionadas às redes sociais e saúde mental com adultos.
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