A Google terminou abruptamente o contrato com a Appen, uma das empresas que treinava o Bard.
A Appen tem desempenhado um papel crucial no treino das ferramentas de IA de modelos linguísticos de grande dimensão da Google, que são utilizadas em vários produtos, incluindo o Bard e a Pesquisa.
Redefinindo parcerias
A Google já assumiu o final do contrato com uma das principais empresas que treinava o Bard, mas não deu grandes explicações sobre o que a levou em concreto a dar um passo destes num momento em que a batalha pela liderança na IA generativa está ao rubro.
Courtenay Mencini, porta-voz da Google, explicou ao The Verge que a decisão “foi tomada como parte de nosso esforço contínuo para avaliar e ajustar muitas de nossas parcerias com fornecedores em toda a Alphabet para garantir que nossas operações de fornecedores sejam tão eficientes quanto possível”.
A decisão da Google apanhou de surpresa a Appen. A empresa australiana confirmou a rescisão do contrato com a Google, ao informar a Bolsa de Valores do seu país que “não tinha conhecimento prévio da decisão da Google de rescindir o contrato”.
Treinava o Bard e não só
A Appen tem colaborado com outras grandes empresas, como a Microsoft, Meta e Amazon, no treino de modelos de IA.
A empresa revelou que o seu trabalho com a Google teve um impacto significativo nas suas receitas. No ano fiscal de 2023, a receita proveniente apenas do Google foi de 82,8 milhões de dólares.
Impacto nos trabalhadores
Os trabalhadores humanos em empresas como a Appen são muitas vezes a espinha dorsal da indústria de IA, lidando com muitas das partes mais desagradáveis do treino de IA. Na Appen, os contratados ajudam a avaliar a qualidade dos dados e as respostas dos modelos de IA generativa como o Bard.
Mencini afirmou que a Google está a trabalhar em estreita colaboração com a Appen para garantir uma transição suave. Esta mudança marca um ponto de viragem significativo na indústria de IA e terá certamente implicações para o futuro do treino de IA.
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