A Apple vai permitir aos utilizadores de iPhone na Europa escolherem lojas de aplicações alternativas. Esta mudança de estratégia deve-se às regulamentações da União Europeia.
A Apple anunciou uma reforma significativa na sua política de aplicações, que permitirá aos utilizadores de iPhone na Europa a utilização de lojas de aplicações alternativas. Esta mudança, que deverá entrar em vigor no início de março, é uma resposta às regulamentações europeias e representa uma grande mudança na estratégia da empresa.
Concessões inéditas
A reforma inclui várias concessões que a Apple se recusava a fazer anteriormente. Entre elas, a redução das taxas cobradas aos desenvolvedores na Europa e a permissão para que os utilizadores de iPhone na Europa utilizem lojas de aplicações diferentes da App Store, que vem pré-instalada nos dispositivos móveis da empresa.
Outra novidade é a permissão para que os desenvolvedores ofereçam sistemas de pagamento alternativos. Esta medida poderá permitir aos desenvolvedores aumentar os seus lucros e, potencialmente, reduzir os preços das suas aplicações.
Apple alerta para diminuição de segurança
No entanto, a Apple alertou que esta abertura poderá aumentar a exposição dos utilizadores a ataques de hackers e outros problemas de segurança. A empresa, sediada na Califórnia, considera que está a dar um passo arriscado para cumprir as regras europeias.
A Apple tem sempre controlado todo o ecossistema, nomedadamente no que se refere à App Store. Ao permitir outras lojas concorrentes, a empresa de Cupertino deixa de poder ser responsabilizada por apps com malware.
Redução de comissões
As alterações também incluem a redução da comissão que a Apple cobra sobre as transações na App Store.
Na Europa, a comissão será reduzida para 10% a 17% para os desenvolvedores que optarem por permanecer no sistema de processamento de pagamentos da empresa. Além disso, a Apple não cobrará comissão sobre transações realizadas através de sistemas de pagamento alternativos.
Esta posição contrasta com a forma como a Apple está a cumprir uma decisão judicial recente nos EUA, que exige que a empresa permita que as aplicações do iPhone forneçam links para diferentes opções de pagamento. Nos EUA, a empresa planeia cobrar comissões de 12% a 27% para evitar o aproveitamento do software do iPhone.
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