Um estudo realizado pela P-BIO (Associação Portuguesa de Bioindústria) em parceria com a CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal), intitulado AgroBioTech, revelou que 55% das empresas biotecnológicas portuguesas, focadas no desenvolvimento de soluções para a Bioeconomia, exportam cerca de 20% ou mais do seu volume de negócios.
Esta estatística ressalta a importância do setor biotecnológico no panorama internacional.
Empresas biotecnológicas portuguesas: Exportação e inovação no setor agroalimentar e florestal
Distribuição geográfica e produtos oferecidos
A pesquisa, que envolveu um inquérito a empresas nacionais com soluções biotecnológicas aplicáveis na área agroalimentar e florestal, indicou uma maior concentração destas empresas na faixa litoral de Viana do Castelo a Setúbal. Essa distribuição deve-se, em parte, à proximidade de grandes universidades e à densidade populacional dessas áreas. Quanto aos produtos e serviços oferecidos, destacam-se os serviços de I&D e a produção de biofertilizantes e bioestimulantes.
Perfil das empresas biotecnológicas portuguesas
A maioria das empresas biotecnológicas portuguesas enquadra-se nas categorias de pequenas (até 50 RH) e microempresas (até 10 RH), com uma faturação anual até 1 milhão de euros. Estas empresas empregam predominantemente profissionais altamente qualificados, refletindo o caráter inovador e especializado do setor.
Clientes das empresas biotecnológicas portuguesas
Os principais clientes destas empresas variam entre agricultores, organizações de produtores, PME e grandes empresas agroindustriais, evidenciando a amplitude e a importância dos serviços biotecnológicos no setor agrícola.
Análise SWOT e grupos focais
O estudo também incluiu a formação de grupos focais regionais, que resultaram numa análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) da aplicação de biotecnologia no setor agrícola. Essa análise identificou prioridades para a promoção de soluções inovadoras na agricultura.
Desafios e oportunidades
Apesar da relevância da biotecnologia na agricultura moderna, existem desafios a serem superados para uma maior incorporação dessas inovações no setor. Entre eles, destacam-se a necessidade de aumentar a literacia e sensibilização sobre as ferramentas biotecnológicas, promover comunicação eficaz e facilitar a transferência de tecnologia, além de ajustar mecanismos de financiamento às necessidades específicas da pesquisa biotecnológica.
Conclusão
Este estudo sublinha a importância crescente da biotecnologia no setor agroalimentar e florestal em Portugal, destacando as empresas como agentes chave na inovação e no comércio internacional. Para mais informações sobre o estudo AgroBioTech, visite este link
Sobre a P-BIO e a CAP A P-BIO promove o desenvolvimento da biotecnologia em Portugal, facilitando a criação e o crescimento de empresas no setor e representando Portugal na EuropaBio. Já a CAP representa os interesses da agricultura portuguesa, participando ativamente em comités agrícolas e conselhos a nível nacional e europeu.
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