A X de Elon Musk pode perder 75 milhões de dólares em publicidade após mais de 100 marcas terem retirado anúncios da rede social.
A rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, enfrenta um desafio financeiro significativo. Tradicionalmente, a X de Elon Musk vê um aumento nas receitas publicitárias nos últimos meses do ano, à medida que as marcas intensificam as suas campanhas para a época de compras de fim de ano. No entanto, este ano poderá ser diferente.
Suspensão de Anúncios
Mais de 100 marcas e outros anunciantes, incluindo candidatos políticos, suspenderam totalmente os seus anúncios na plataforma. Dezenas de outras estão a considerar fazer o mesmo. Se os anunciantes não regressarem, a X poderá perder até 75 milhões de dólares em receitas publicitárias este ano.
Controvérsia e ação legal
A suspensão dos anúncios ocorreu após a polémica gerada por um tweet de Elon Musk, que apoiava uma teoria da conspiração antissemita. A organização Media Matters publicou um relatório mostrando anúncios no site ao lado de conteúdos antissemitas.
Em resposta, a X processou a organização, acusando-a de criar deliberadamente um ambiente que mostrava anúncios de grandes anunciantes ao lado de “conteúdos extremistas e marginais”.
Reação das marcas
Marcas como IBM, Apple e Disney retiraram rapidamente os seus anúncios da X após os incidentes. A Lionsgate citou especificamente o tweet de Musk como motivo para suspender as suas campanhas publicitárias. A Ubisoft foi uma das primeiras empresas de videojogos a retirar os seus anúncios da X.
A Airbnb suspendeu mais de 1 milhão de dólares em publicidade na X e a Netflix retirou 3 milhões de dólares em anúncios. A X também poderá perder 4 milhões de dólares em receitas publicitárias devido à suspensão das campanhas pelas subsidiárias da Microsoft. A Uber e a Coca-Cola são duas outras marcas bem conhecidas que optaram por suspender a sua publicidade na X.
Perspetiva da X
Em resposta ao New York Times, que avançou com a notícia, a X de Elon Musk afirmou que os números apresentados estavam desatualizados ou “representavam um exercício interno para avaliar o risco total”. A empresa também afirmou que as receitas em risco eram apenas de cerca de 11 milhões de dólares e que o montante exato continua a flutuar à medida que alguns anunciantes regressam ou aumentam as suas despesas com publicidade.
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