O TikTok enfrenta proibições globais devido a questões de privacidade e segurança cibernética. Países como Austrália, Índia e EUA impuseram restrições, e refletem uma tendência mundial que causa incerteza sobre o futuro do app.
A popularidade global do TikTok está cada vez mais abalada à medida que uma lista crescente de países e órgãos governamentais decide impor restrições ao aplicativo de vídeos curtos.
Quanto às preocupações com privacidade e segurança cibernética, especialmente em relação à sua empresa controladora, a ByteDance, com laços ao governo chinês, levam a proibições e limitações em várias partes do mundo.
Vamos explorar quais países colocaram medidas restritivas e por que tomaram essas decisões.
Preocupações com segurança
Austrália
Na Austrália, a proibição do TikTok em todos os dispositivos de propriedade do governo federal, em 4 de abril, foi motivada por preocupações de segurança levantadas pelo Departamento de Assuntos Internos.
O procurador-geral Mark Dreyfus enfatizou a imposição da demarcação “assim que possível”, e destacou a urgência percebida dessas questões.
Noruega
O Parlamento norueguês proibiu o TikTok em dispositivos governamentais em março, citando Rússia e China como principais fatores de risco para a segurança nacional.
A ministra da Justiça, Emilie Enger Mehl, ressaltou a necessidade de fortalecer a política de gerenciamento de aplicativos de terceiros.
Canadá
O Canadá seguiu a tendência global, proibindo o TikTok de todos os dispositivos móveis do governo em fevereiro, devido ao “nível inaceitável de risco à privacidade e segurança”, conforme explicado por Mona Fortier, presidente do Conselho do Tesouro.
Dinamarca
Em março, o Ministério da Defesa da Dinamarca proibiu funcionários de baixarem o app em dispositivos de trabalho.
Esta decisão foi fundamentada em considerações de segurança avaliadas pelo Centro de Segurança Cibernética do país, e reforçaram uma crescente ênfase global na cibersegurança.
Reino Unido
Os ministros do governo britânico foram proibidos de usar o TikTok em telefones e dispositivos comerciais, alinhando-se com restrições semelhantes de outros países.
O ministro do Gabinete, Oliver Dowden, destacou a sensibilidade das informações armazenadas em dispositivos governamentais.
Desconfiança em relação com a China
Bélgica
A Bélgica baniu o app dos telefones comerciais de funcionários do governo, com o primeiro-ministro Alexander De Croo após expressar desconfiança em relação ao app.
“Não podemos ser ingênuos: a TikTok é uma empresa chinesa que atualmente tem o mandato de cooperar com os serviços de inteligência chineses”, afirmou ele.
Índia
A Índia tomou medidas drásticas em 2020, e impôs uma suspensão nacional do aplicativo e de 58 outros aplicativos chineses.
Isso ocorreu após um conflito fatal na fronteira entre as forças militares indianas e chinesas, com o governo alegando atividades “prejudiciais à soberania e integridade da Índia”.
Taiwan
Em dezembro de 2022, dispositivos governamentais em Taiwan foram proibidos de usar software de fabricação chinesa, o que inclui o TikTok.
Isso reflete uma crescente desconfiança em relação aos produtos e serviços de origem chinesa em várias partes do mundo.
Estados Unidos: Debates e ameaças de proibição di TikTok
Nos Estados Unidos, a situação é complexa.
As agências federais são orientadas a excluir o aplicativo dos telefones dos funcionários, e a Casa Branca já não permite o aplicativo em dispositivos.
O CEO Shou Zi Chew recentemente defendeu o aplicativo e destacou iniciativas para proteger dados de usuários nos Estados Unidos.
Em 17 de maio, a Câmara dos Representantes de Montana aprovou um projeto de lei para proibir o TikTok no Estado.
Ainda sem a assinatura do governador para a implementação da restrição, isso poderia tornar o app ilegal em todo o Estado.
O futuro do app em vários países permanece incerto, com debates e ações em andamento.
As questões com privacidade, segurança cibernética e questões geopolíticas moldam as decisões dos governos em todo o mundo.
À medida que a situação evolui, fica claro que o TikTok enfrenta um desafio global significativo, e o avanço dessas proibições moldará o cenário da mídia social nos próximos anos.
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