Recentemente, um documento vindo diretamente do Ministério dos Transportes da Rússia revelou novas medidas do governo para intensificar o controlo sobre ferramentas de encriptação e VPNs. Esta ação destaca o esforço contínuo do país em monitorizar e censurar o acesso à internet.
O documento lista 49 serviços de VPN e o protocolo Shadowsocks. Este último é reconhecido pela sua eficácia em ultrapassar firewalls, como a Grande Firewall da China. Estes serviços são considerados ameaças potenciais à “estabilidade, segurança e integridade” dos sistemas de telecomunicações russos.
Bloqueio e controlo governamental
Já foram bloqueados 167 serviços de VPN na Rússia por não aderirem às normativas estatais. Parece que o governo vê estas ferramentas não só como um perigo técnico, mas principalmente como um obstáculo ao seu controlo sobre a narrativa e comunicações no país.
Há uma pressão crescente sobre os desenvolvedores destas tecnologias. O caso do Shadowsocks, uma encriptação de código aberto, ilustra como até as ferramentas mais robustas podem ser removidas ou modificadas devido a regulamentações.
Futuro das VPNs na Rússia
O governo russo planeia elaborar uma lista branca de organizações autorizadas a usar estas tecnologias, indicando uma abordagem mais agressiva e restritiva. Isso pode significar maiores dificuldades para o uso livre da internet no país, tanto para cidadãos como para empresas.
A inclusão do Shadowsocks nesta lista é particularmente notável, destacando a eficácia do protocolo em evitar censuras e o desejo do governo russo em controlar até as tecnologias de encriptação mais avançadas. Este movimento representa um passo significativo nos esforços da Rússia para regular e monitorizar o uso da internet, impactando profundamente a liberdade online no país.
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