Proibições de smartphones nas escolas geram debates globais; Os defensores argumentam que evitam distrações e bullying, mas os críticos se preocupam com a autonomia dos alunos. Venha entender a discussão!
Se você é um estudante ou pai, provavelmente já ouviu falar das crescentes proibições de smartphones nas escolas.
É uma tendência que se dissemina globalmente, com alguns lugares, como o Estado da Flórida nos EUA, implementaram leis que banem a presença de smartphones nas escolas públicas.
No entanto, esta questão levanta debates acalorados entre os defensores e críticos das proibições.
Neste artigo, exploraremos a tendência crescente de proibir o uso de smartphones nas escolas, os argumentos dos dois lados e o impacto dessas proibições no aprendizado e bem-estar dos alunos.
A tendência global de proibir smartphones nas escolas
Nos últimos anos, vários países adotaram medidas para proibir ou restringir o uso de smartphones por estudantes nas escolas.
A Flórida, nos Estados Unidos, se tornou peça importante nesse debate após aprovar uma lei que torna obrigatória a proibição de smartphones em todas as escolas públicas.
O governo britânico emitiu diretrizes semelhantes, e recomendou o banimento de aparelhos nas escolas de todo o país.
Além disso, a Itália proibiu os aparelhos durante as aulas no ano passado, e a China tomou a mesma decisão há dois anos, quando passaram a não permitir que as crianças levassem smartphones para a escola.
Um relatório da UNESCO revelou que quase um quarto dos países do mundo implementaram leis ou políticas que proíbem ou restringem o uso dos aparelhos nas escolas.
Argumentos pró e contra
Os argumentos a favor das proibições de smartphones nas escolas enfatizam a redução de distrações e bullying entre os alunos.
Eles alegam que proibir o uso dos aparelhos evita que os estudantes acessem redes sociais e enviem mensagens de texto intimidadoras durante as aulas, o que melhora o ambiente de aprendizado.
Por outro lado, os críticos alertam que esse posicionamento pode prejudicar a autonomia dos alunos e inibir seu pensamento crítico.
Além disso, há preocupações sobre como as proibições podem impactar o engajamento dos alunos que precisam de seus smartphones por conta de trabalhos ou responsabilidades familiares.
Impacto das proibições de smartphones
Mas, afinal, como funcionam as proibições dos aparelhos nas escolas? A resposta não é simples, pois os relatórios sobre os resultados dessas proibições são confusos.
Uma pesquisa federal de 2016 descobriu que escolas com proibições de smartphones relataram taxas mais altas de cyberbullying do que aquelas que permitiam o uso dos aparelhos.
No entanto, o estudo não ofereceu uma explicação para esse resultado.
Em contrapartida, uma pesquisa realizada em escolas na Espanha, publicada no ano passado, mostrou uma redução significativa do cyberbullying em regiões que implementaram proibições de smartphones.
Em uma dessas regiões, o desempenho dos alunos em matérias como matemática e ciências também aumentaram consideravelmente.
Um outro estudo recente da Noruega revelou que alunas do sexo feminino expostas à proibição desses aparelhos no ensino fundamental obtiveram notas médias mais altas.
No entanto, as proibições “não tiveram qualquer efeito” nas notas médias dos rapazes.
Recomendações da UNESCO
O recente relatório da UNESCO sobre o uso de smartphones nas escolas recomenda que as instituições ajam com cautela, considerem o papel das novas tecnologias na aprendizagem e baseiem suas políticas em evidências sólidas.
A agência da ONU também sugeriu que a exposição a ferramentas digitais, como os smartphones, poderia ajudar os estudantes a desenvolver uma visão crítica sobre as tecnologias emergentes.
De acordo com a UNESCO, os alunos precisam aprender sobre os riscos e oportunidades que acompanham a tecnologia, desenvolver habilidades críticas e compreender como viver com e sem ela.
O caminho a seguir envolve uma compreensão mais profunda dos impactos das proibições de smartphones e uma abordagem equilibrada que leve em consideração o bem-estar e o crescimento educacional dos alunos.
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