O streaming se consolidou como a principal fonte de receita para músicos em 2022, impulsionando significativamente seus ganhos. Apesar do crescimento do entretenimento ao vivo, incertezas futuras podem afetar a indústria musical.
Música e tecnologia sempre tiveram um relacionamento estreito, mas em 2022, essa conexão atingiu um novo patamar.
De acordo com um relatório recente, o streaming se consolidou como a maior fonte de renda para músicos no ano passado, representando um aumento significativo em seus ganhos.
Neste artigo, exploraremos os detalhes dessa pesquisa e o impacto do streaming na indústria musical.
Streaming e ganhos dos músicos
O levantamento, publicado recentemente, revelou que o streaming se tornou a maior fonte de renda para músicos em 2022, contribuindo para um aumento de mais de 25% em seus ganhos, totalizando impressionantes 12,1 mil milhões de euros.
Esse dado demonstra a transformação contínua do setor musical e a importância crescente do ambiente digital.
As arrecadações de royalties digitais também tiveram um aumento notável, crescendo quase 34% e atingindo a marca de 4,2 mil milhões de euros em 2022, de acordo com a Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores (CISAC).
Essa tendência evidencia a mudança de preferência do público, que está cada vez mais consumindo música por meio de plataformas de streaming.
Streaming supera a TV e o Rádio
O relatório destaca que, após um crescimento expressivo durante a pandemia, as arrecadações com streaming dobraram em comparação com os níveis pré-pandemia, representando agora 35% do total de ganhos para os criadores de música.
Esse dado coloca o streaming à frente dos meios de entretenimento tradicionais, como TV e rádio, evidenciando uma mudança de paradigma na indústria musical.
Entretenimento ao vivo em recuperação
Apesar do domínio do streaming, as arrecadações de apresentações ao vivo e públicas, que incluem concertos, exposições e teatros, também tiveram um crescimento significativo.
Em 2022, essas arrecadações aumentaram 69,9%, totalizando 2,7 mil milhões de euros. No entanto, vale ressaltar que ainda estão abaixo dos níveis de 2019, quando atingiram cerca de 7,9%, após um período de declínio durante a pandemia.
O relatório prevê que o entretenimento ao vivo continuará a se recuperar nos próximos anos, impulsionado pela demanda reprimida causada pelas restrições da pandemia.
Há expectativas de que esse setor possa até mesmo superar os níveis de atividade anteriores à pandemia.
Apesar do otimismo em relação à recuperação do entretenimento ao vivo, a pesquisa alerta que as perspectivas para além de 2023 são incertas.
Questões como preocupações com os gastos dos consumidores e redução nos orçamentos de turnês dos artistas podem impactar a trajetória de crescimento.
Spotify e o crescimento no número de usuários
Outro destaque relacionado ao streaming é o desempenho do gigante do setor, o Spotify. A plataforma anunciou um aumento de 26% no número de seus usuários (utilizadores) ativos mensais no terceiro trimestre, atingindo a marca de 574 milhões.
Esse resultado superou a variação da empresa e as estimativas dos analistas.
O streaming de música se consolidou como a principal fonte de receita para músicos em 2022, impulsionando significativamente seus ganhos.
Enquanto o entretenimento ao vivo também mostra recuperação, há incertezas quanto ao futuro, com desafios e preocupações com os gastos do público.
A indústria musical continua a evoluir, e a adaptação a essas mudanças é essencial para o sucesso contínuo dos artistas e da própria indústria. Fique ligado para mais atualizações sobre o cenário musical em constante transformação.
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