O Pixel 8 Pro da Google chegou ao mercado com uma característica que tem dado que falar: um sensor de temperatura infravermelho. Mas antes que comeces a pensar que este é o gadget perfeito para a era da COVID-19, há um pequeno detalhe. A Google ainda está à espera da aprovação da FDA (Food and Drug Administration) para que o sensor possa ser usado para medir a temperatura corporal.
Um sensor de temperatura num smartphone de 1000 euros?
O sensor de temperatura infravermelho do Pixel 8 Pro permite medir rapidamente a temperatura de objetos. Podes usar esta funcionalidade para verificar se a tua frigideira está quente o suficiente para cozinhar ou se o leite do teu bebé está à temperatura ideal. No entanto, quando se trata de medir a temperatura corporal, a situação complica-se.
A FDA classifica qualquer dispositivo que meça a temperatura corporal como um dispositivo médico de Classe II. Isso significa que a Google precisa de autorização da FDA para o sensor poder ser usado para esse fim. Até lá, o sensor só pode ser usado para medir a temperatura de objetos, não de pessoas.
A espera pela aprovação da FDA
A Google submeteu um pedido à FDA para que o sensor de temperatura possa ser usado para medir a temperatura corporal e guardar esses dados na aplicação Fitbit. No entanto, ainda não se sabe quanto tempo levará para que a aprovação seja concedida.
A FDA tem diferentes vias para aprovar dispositivos médicos de Classe II. Uma delas é a autorização de novo, usada para dispositivos que são completamente novos no mercado. A outra é a autorização 510k, usada para dispositivos que são substancialmente semelhantes a outros já aprovados. A Google não revelou qual destas vias está a seguir.
O que a Google planeia fazer com esta funcionalidade?
Ainda não está claro por que a Google decidiu incluir um sensor de temperatura no Pixel 8 Pro. Especula-se que os dados de um termómetro aprovado pela FDA poderiam ser usados para prever doenças ou para rastrear ciclos menstruais. Também é possível que a Google esteja a preparar o terreno para futuros planos na área da tecnologia médica.
A inclusão deste sensor levanta questões interessantes sobre o futuro da tecnologia médica em smartphones. Será que começaremos a ver mais funcionalidades deste tipo em futuros modelos? Só o tempo dirá.
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