No Ministério das Finanças, o ministro Fernando Medina desvendou um Orçamento do Estado (OE) para 2024 que reflete ambiciosas diretrizes, designadamente um aumento de 60 euros no salário mínimo nacional, catapultando-o para os 820 euros, assinalando o maior aumento anual registado até à data.
Foi claramente expresso pelo próprio primeiro-ministro, António Costa, que este OE pretende, acima de tudo, “reforçar os rendimentos, fortalecer o investimento e proteger o futuro”. Este triplo objetivo estratégico ecoa na mensagem de Fernando Medina, que não hesitou em sublinhar a imperatividade de robustecer os rendimentos das famílias portuguesas através de medidas concretas e tangíveis, tais como elevações salariais, cortes significativos no IRS e um reforço nos apoios sociais mais relevantes.
Por outro lado, o investimento não foi esquecido, sendo destacado como “a base da construção do nosso futuro e da resposta a importantes necessidades das famílias e do país” nas palavras do ministro das Finanças. O Serviço Nacional de Saúde, a habitação e a ferrovia são algumas das áreas críticas que serão alvo deste investimento, com o propósito de responder às solicitações e expectativas dos cidadãos.
Proteger o futuro com medidas concretas
O futuro está também na mira deste orçamento. Não se trata apenas de uma estratégia financeira anual, mas sim de um plano que se estende para lá do horizonte imediato, visando garantir que as gerações vindouras possuam os instrumentos necessários para assegurar a estabilização financeira da Segurança Social e a manutenção da capacidade de investimento do país.
Os smartphones serão, sem dúvida, inundados com aplicações que permitirão aos utilizadores aceder a toda a informação relacionada com o orçamento, e assim poderem fazer uma análise mais informada sobre como as medidas propostas poderão afetar os seus rendimentos, investimentos e futuro.
Desdobrar o acordo de médio prazo
O Acordo de Médio Prazo de Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade, que foi recentemente assinado entre o Governo e os parceiros sociais, ressoa neste OE. O acordo, que prescreve o aumento já mencionado do salário mínimo, é um testemunho da dedicação do Governo à melhoria das condições de vida e trabalho dos cidadãos, reafirmando o compromisso com os trabalhadores e, consequentemente, com a economia nacional.
O OE2024 não olha apenas para os salários, mas também prevê aumentos do rendimento líquido dos trabalhadores através de uma série de medidas como a redução do IRS, a atualização dos escalões de IRS, a isenção de IRS no salário mínimo e o reforço do IRS Jovem.
A entrega do OE na Assembleia da República pelo ministro das Finanças é o começo de um período de análise, debate e, por fim, votação, que culminará a 29 de novembro. Até lá, as várias propostas e medidas serão dissecadas e discutidas, tanto em termos de suas implicações imediatas como de seus impactos a médio e longo prazo para a economia portuguesa e para os rendimentos dos cidadãos. Este é um orçamento que pretende não só responder às necessidades imediatas decorrentes da conjuntura atual, mas também lançar as bases para um futuro mais estável e próspero para Portugal.
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