Apesar de similar, a anatomia das mãos é consideravelmente diferente entre as pessoas, o que dificulta o processo de aprendizagem das IAs
As IAs (Inteligência Artificial) passaram por um enorme avanço nos últimos anos, possibilitando que pessoas comuns pudessem ter acesso a inúmeras ferramentas que utilizam esse tipo de tecnologia. As IAs são capazes de realizar uma série de atividades com rapidez e precisão, porém ainda existem algumas limitações que a ferramenta não consegue executar com precisão.

Quando se trata de criação de imagens digitais, as diversas ferramentas, como Midjourney, DALL-E 2 e Tess AI, ainda enfrentam dificuldade na representação das mãos humanas. Um dos principais fatores para isso é a complexidade anatômica das mãos humanas e suas diversidades, o que acaba tornando o processo muitas vezes impreciso.
A complexidade das mãos humanas
A mão humana é uma das partes mais complexas do corpo, formada por mais de 25 articulações e 34 músculos, o que garante uma série de movimentos diferentes para o membro e permite que os humanos realizem inúmeras atividades muito complexas, que vão desde escrever e desenhar até tocar instrumentos musicais complexos, por exemplo.
Apesar de todas as mãos serem basicamente parecidas, compostas por cinco dedos, a sua anatomia é consideravelmente diferente entre as pessoas. Isso acaba dificultando o processo de aprendizagem das inteligências artificiais. Outra parte do corpo humano que apresenta o mesmo nível de dificuldade para as IAs é a arcada dentária, que é diferente de pessoa para pessoa, apesar de seguir sempre o mesmo padrão.
Outro problema que as inteligências artificiais enfrentam na criação de mãos humanas de maneira realística é a falta de compreensão em relação às funções que podem ser realizadas pelas mãos. Isso porque cada função realizada requer uma movimentação específica, e seria necessário que as IAs fossem treinadas com muitas informações referentes a biomecânica e coordenação muscular para compreender esses movimentos.
A dificuldade de compreensão das subjetividades humanas
As inteligências artificiais estão em constante aprendizagem, mas ainda apresentam muitas dificuldades em entender a subjetividade de alguns aspectos dos seres humanos. Apesar do empenho dos programadores, fatores como sentimentos e emoções fazem parte do entendimento necessário para criações realísticas, que consigam se expressar com a mesma intensidade e nuances que os seres humanos.
Entre os principais elementos que as IAs enfrentam dificuldades atualmente, estão:
- Sentimentos e emoções: Devido a alta subjetividade, esses fatores podem variar de pessoa para pessoa, o que dificulta a compreensão para as IAs;
- Diversidade cultural: Outra dificuldade enfrentada pelas inteligências artificiais é a compreensão das diversidades culturais e todo o reflexo delas nos humanos;
- Ironia e sarcasmo: A compreensão de ironia e sarcasmo é outro desafio para as IAs, que não ainda não conseguem compreender a complexidade dessas formas de comunicação, que envolvem diversos contextos diferentes;
- Contexto: Compreender o contexto de uma conversa também é um desafio, especialmente em conversas longas e complexas;
- Expressões faciais: Apesar da significativa melhora que ocorreu nos últimos anos, as IAs ainda podem interpretar de forma equivocada algumas expressões faciais, principalmente quando estão ligadas a emoções complexas e ambíguas;
- Tom de voz: Identificar os sentimentos ou mesmo compreender uma ironia usando como base somente o tom de voz utilizado também causa muitas confusões para os algoritmos;
- Ambiguidade linguística: Muitas pessoas conversam de forma informal e usam palavras de forma ambígua, que podem ter inúmeros significados, o que dificulta a comunicação com as IAs.
Superar essas dificuldades é uma necessidade para que as inteligências artificiais consigam evoluir e se tornar cada vez mais úteis para as pessoas. Os avanços continuam a ser feitos a partir de pesquisas e treinamentos de compreensão por parte das IAs, que são realizados por cientistas, engenheiros e profissionais formados em faculdades de análise e desenvolvimento de sistemas, para que as inteligências artificiais consigam futuramente interagir de forma mais natural e eficaz com os seres humanos.
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