Israel está em conversações com a SpaceX para implementar o serviço de internet Starlink, especialmente em comunidades próximas a zonas de conflito. Esta seria a primeira vez que o serviço estaria disponível no país, e surge num momento em que Israel procura reforçar as suas próprias comunicações durante o conflito com o Hamas.
A tecnologia como aliada em tempos de guerra
O Ministro das Comunicações de Israel, Shlomo Karhi, confirmou que o país está a coordenar com a empresa Starlink para permitir a operação de terminais de comunicação pela SpaceX. Isto permitirá uma ligação à internet de banda larga em Israel, especialmente em áreas mais sensíveis. Além disso, o ministério está a promover a compra destes dispositivos de satélite para benefício de conselhos regionais e líderes comunitários em assentamentos de zonas de conflito.
Controvérsia e dilemas éticos
A implementação do Starlink em cenários de guerra não é um tema pacífico. Elon Musk, CEO da SpaceX, recusou-se anteriormente a ativar o serviço quando a Ucrânia o solicitou antes de um planeado ataque à marinha russa. Musk argumentou que, se tivesse concordado com o pedido, a SpaceX estaria explicitamente cúmplice num grande ato de guerra e escalada de conflito.
O que o futuro reserva?
Ainda não está claro quando o serviço poderá ser ativado em Israel ou quantos utilizadores poderão inicialmente beneficiar dele. Também não se sabe se os terminais seriam comprados diretamente da SpaceX ou através da sua unidade de negócios focada em defesa, a Starshield. O que é certo é que a tecnologia continua a desempenhar um papel cada vez mais importante em cenários de conflito, levantando questões éticas e morais que ainda estão longe de serem resolvidas.
Outros artigos interessantes:
- Meta Glasshole: O novo conceito de realidade aumentada
- iPhone enfrenta queda nas vendas na China com o avanço da Huawei
- iOS: Como a atualização da Apple impacta os downloads de podcasts?