Cafés e cidades estão proibindo influenciadores devido a problemas logísticos e à busca por experiências autênticas. A tendência de “desinfluência” está em alta, venha entender.
Nos últimos anos, testemunhamos um acontecimento interessante – lugares emblemáticos, cafés descolados e até cidades pitorescas estão fechando as portas para os influenciadores.
Parece que todos os lugares populares estão sendo invadidos por criadores de conteúdo em busca da foto perfeita.
Mas, recentemente, vários estabelecimentos e destinos decidiram adotar políticas rigorosas para limitar ou até proibir influenciadores. Então, por que esse movimento está ganhando força?
Vamos analisar alguns casos recentes que demonstram claramente como a onda dos influenciadores está afetando certos destinos populares!
A era dos influenciadores
Quem nunca viu um vídeo no TikTok ou uma foto no Instagram recomendando o “melhor lugar para se comer” ou o “destino perfeito para viajar”?
Parece que, nos dias de hoje, os influenciadores se tornaram os “guias de bolso” da nossa vida, nos mostrando onde ir e o que fazer. Mas, recentemente, alguns lugares disseram “basta”.
A exemplo desse novo posicionamento está a Dae, um café e loja de design localizado no charmoso bairro do Brooklyn.
De acordo com um relatório da Curbed, o lugar estava ficando tão cheio de influenciadores com suas tripés que os donos resolveram dar um basta nisso e proibir fotos e vídeos.
Eles até postaram no Instagram, deixando claro que “adoram fotos de comida e bebida”, mas que as sessões de fotos do TikTok e do Instagram ficaram fora de controle.
Isso não foi um incidente isolado. A cidade de Pomfret, em Vermont, também decidiu fechar suas áreas mais visitadas e fotografadas a influenciadores e turistas, citando questões de segurança, meio ambiente, estética e qualidade de vida.
A paisagem pitoresca de Pomfret tinha se tornado vítima de sua própria popularidade graças aos influenciadores.
Desinfluência: A nova tendência
Por que será que tantos lugares estão adotando essa postura? Acredite ou não, a resposta não é tão simples.
Vários fatores estão em jogo, e um deles é a logística. O Dr. Marcus Collins, professor de marketing da Universidade de Michigan, aponta que alguns restaurantes e atrações locais simplesmente não estão preparados para a súbita demanda causada por influenciadores.
Eles não possuem infraestrutura necessária e isso pode causar desgaste aos locais.
Sarah Blocksidge, diretora de marketing, concorda: “A realidade é que algumas empresas simplesmente não são adequadas para o fluxo de pessoas que um influenciado pode acabar atraindo, o que pode prejudicar mais o negócio do que ajudá-o”.
No entanto, parece que a paciência com alguns influenciadores e suas escolhas também está se esgotando.
Muitos internautas estão cansados da constante enxurrada de conteúdo superficial. Eles querem mais substância e menos quantidade.
Sam Shaw, diretor de estratégia da Canvas8, afirma que a maioria dos lugares desejam bases de clientes sustentáveis, não apenas visitantes que estão ali apenas para tirar fotos.
A evolução da proibição de câmeras
A fiscalização de influenciadores em certos locais não é algo novo. Desde 2013, alguns restaurantes começaram a criar regulamentações mais rígidas para aqueles que desejam documentar suas refeições.
No entanto, o posicionamento agora é mais rígido, porque o que começou como uma publicidade gratuita para os estabelecimentos evoluiu para carreiras completas para muitos influenciadores.
Mas nem todo mundo acredita que os influenciadores merecem tanto reconhecimento. Joe Karasin, proprietário de uma agência de relações públicas e SEO, argumenta que a maioria dos microinfluenciadores traz pouco valor.
Eles às vezes agem como se tivessem direito a coisas gratuitas em troca de menções, disse Karasin.
Embora marcas e empresas também estejam presentes nas redes sociais, algumas querem garantir que sua identidade e valor não sejam distorcidos pela influência de terceiros.
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