A greve da SAG-AFTRA continua após uma nova rodada de negociações fracassadas com a AMPTP, devido a discordâncias sobre o uso de inteligência artificial. Com a justificativa de que os pedidos do sindicato são financeiramente insustentáveis, a greve permanece.
Hollywood está passando por um dos momentos mais quentes do ano, e não estamos falando de filmes no cinema.
A greve do Screen Actors Guild (SAG-AFTRA) e da Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP) continua após outra tentativa frustrada de chegar a um acordo. A questão em pauta? O uso da inteligência artificial.
Após o Writers Guild of America (WGA) finalmente conseguir um novo contrato com a AMPTP após uma greve que durou 146 dias, muitos esperavam que o SAG-AFTRA pudesse seguir o mesmo caminho.
Infelizmente, as negociações recentes entre a SAG-AFTRA e a AMPTP atingiram um impasse, lançando uma sombra sobre as esperanças de resolução.
A dificuldade em firmar um acordo
A AMPTP anunciou na quarta-feira, dia 11, que estava se retirando das negociações após cinco dias de discussão com a SAG-AFTRA.
A justificativa? Segundo eles, a “lacuna entre o AMPTP e o SAG-AFTRA é muito grande, e as conversas não estão mais progredindo de maneira produtiva.”
Apesar de se caracterizarem como sendo “significativas”, a AMPTP destacou a exigência da SAG-AFTRA de uma melhor compensação com base nas classificações de audiência como um dos principais obstáculos para um novo acordo.
A Alliance of Motion Picture and Television Producers afirmou que ofereceu ao sindicato dos atores um acordo nos “mesmos termos que foram ratificados pela DGA e WGA”, mas a associação rejeitou a oferta.
Um dos pontos mais controversos parece ser o que a AMPTP descreveu como o “bônus de audiência” proposto pela SAG-AFTRA, que, de acordo com eles, custaria mais de 800 milhões de dólares por ano e criaria um “fardo econômico insustentável”.
A AMPTP também acusou o sindicato de deixar diversos requerimentos, em várias questões, em aberto.
No entanto, a AMPTP afirma que estava disposta a atender às exigências da SAG-AFTRA, oferecendo o “maior aumento percentual nos mínimos em 35 anos” para pagamentos básicos, além de aumentos nos pagamentos residuais estrangeiros para programas transmitidos nos “quatro maiores serviços de streaming.”
Em resposta, a SAG-AFTRA emitiu uma longa declaração acusando a AMPTP de usar táticas de intimidação e deturpar suas propostas, retratando-as de forma irracional.
O mundo do entretenimento continua em greve
De acordo com o Los Angeles Times, a SAG-AFTRA tem buscado uma fatia de 2% da receita de streaming, juntamente com proteções sólidas em relação à inteligência artificial para garantir que os atores sejam justamente compensados pelo uso de suas imagens.
O sindicato se mantém firme nessas demandas, deixando claro que não pretende ceder. A AMPTP parece estar apostando que, agora que a greve do WGA terminou, a SAG-AFTRA ficará mais vulnerável.
No entanto, a AMPTP tem um histórico de manter o poder nas mãos dos estúdios, o que não surpreende os observadores da indústria.
A solidariedade entre os sindicatos ainda é forte, e os estúdios devem esperar mais manifestações até que um acordo seja alcançado.
O futuro das negociações ainda é certo, e Hollywood continua dividida. A questão do uso de inteligência artificial pode definir o rumo da indústria nos próximos anos!
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