A Ookla, a empresa por trás da popular ferramenta de teste de velocidade de banda larga Speedtest, lançou um relatório que põe em causa as promessas de alta velocidade de internet na Europa. Segundo a empresa, a maioria dos países europeus está a falhar em cumprir as metas estabelecidas para fornecer conexões de banda larga de alta velocidade a todos os agregados familiares até o final da década.
Espanha lidera, Alemanha fica para trás
Na União Europeia, a Espanha está à frente com 87% das casas prometidas com velocidades superiores a 100 Mbps. Em contraste, apenas 38% dos agregados familiares alemães têm a mesma promessa. A Comissão Europeia estabeleceu metas ambiciosas: 100 Mbps até 2025 e, cinco anos depois, pelo menos 1 Gbps para todos os lares da UE.
Promessas vazias e realidades dececionantes
Apesar das promessas de pelo menos 100 Mbps, apenas 34% dos clientes italianos recebem realmente essas velocidades. A Dinamarca lidera com 67%. O problema muitas vezes reside nos últimos metros de cabo, que são frequentemente de cobre em vez de fibra. No Reino Unido, apenas 43% das casas têm fibra até as instalações, e na Alemanha, esse número é de 21%.
O dilema da fibra e o impacto nas velocidades
A Roménia lidera com impressionantes 98% de casas com fibra até as instalações. No entanto, mesmo com velocidades prometidas de pelo menos 1 Gbps, apenas 1,42% dos agregados familiares franceses relatam alcançar essas velocidades. A Ookla sugere que melhores promoções poderiam incentivar mais consumidores a optar por ofertas de maior velocidade, o que, por sua vez, incentivaria as empresas de banda larga a melhorar as suas redes.
Investimento contínuo: uma necessidade urgente
A Ookla apela para um investimento contínuo, já que a Europa está à beira de falhar nas suas metas. Isso permitiria que a fibra oferecesse benefícios como velocidades de internet superiores, menor latência, segurança aprimorada e sustentabilidade ambiental.
O relatório da Ookla serve como um alerta para a Europa, que precisa de acelerar os seus esforços para não ficar para trás na corrida global por conectividade de alta velocidade. Melhores promoções e investimentos contínuos podem ser a chave para mudar este cenário preocupante.
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