A partir desta quinta-feira, uma lufada de ar fresco financeiro chega aos proprietários portugueses. O Governo implementou uma política revigorante que modifica a estrutura da bonificação dos juros no crédito à habitação, uma medida que retroage a janeiro de 2023. Esta revisão normativa significa uma folga financeira, especialmente para aqueles comprimidos por taxas de esforço elevadas.
Sob as novas regras, a bonificação será agora calculada para o valor do indexante superior a 3%, sem considerar a taxa contratada. Isto elimina a necessidade de uma variação de três pontos percentuais do indexante de referência – um alívio, considerando o ambiente económico atual. Os beneficiários deste ajuste são contribuintes até ao 6.º escalão de IRS, com rendimento coletável anual até 38 632 euros (valores de 2023) e um património financeiro não superior a 62 Indexantes de Apoios Sociais, aproximadamente 29,7 mil euros.
De olho nas percentagens
A reestruturação é ainda mais significativa para quem enfrenta maiores encargos financeiros. A bonificação sobe para 100% quando a taxa de esforço é igual ou superior a 50%. Mesmo para aqueles com taxas de esforço entre 35% e 50%, o apoio não é menor, com uma bonificação robusta de 75%.
Ainda há mais boas notícias: o teto máximo de bonificação, anteriormente fixado em 720 euros, foi elevado para 800 euros por contrato de crédito. Além disso, o período de aplicação desta medida benéfica foi prorrogado até 2024, uma decisão que sublinha o compromisso do governo em apoiar os proprietários durante este período economicamente turbulento.
Impacto futuro nas finanças pessoais e nacionais
Estas mudanças não são apenas números numa página. O Orçamento do Estado para o próximo ano estima que a bonificação de juros possa abranger 200 mil contratos de crédito. Isto traduz-se num impacto financeiro positivo estimado de 200 milhões de euros, um investimento significativo na estabilidade económica das famílias e, por extensão, da economia nacional.
O governo mostra, com estas medidas, uma consciência aguda das realidades do crédito à habitação e um compromisso em apoiar os cidadãos neste aspeto crucial da vida. É uma rede de segurança financeira reforçada, uma promessa de alívio e um passo firme em direção a um futuro mais estável e seguro para os proprietários em Portugal.
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