A cápsula OSIRIS-REx trouxe para a Terra uma amostra do asteroide Bennu, que tem 4,5 mil milhões de anos e contém água e carbono. A análise deste material pode ajudar a compreender as origens do sistema solar e da vida.
Os cientistas da NASA ficaram surpreendidos com a quantidade e a qualidade da amostra, que pesa cerca de 340 gramas e tem uma cor preta. A amostra revelou a presença de carbono orgânico e mineral, que representa quase 5% do seu peso total, e de água incorporada nos minerais argilosos.
Estes elementos são essenciais para a formação de vida e podem indicar que o asteroide Bennu é uma relíquia dos primórdios do sistema solar. “Estamos a desbloquear uma cápsula do tempo que nos oferece dados profundos sobre as origens do nosso sistema solar”, disse Dante Lauretta, investigador principal da missão.
Uma ciência sem precedentes
A amostra está a ser analisada com técnicas avançadas, como microscopia eletrónica e tomografia computadorizada. A NASA vai preservar pelo menos 70% da amostra para estudos futuros e vai partilhá-la com laboratórios de todo o mundo.
Esta foi a primeira vez que a NASA conseguiu trazer para a Terra amostras de um asteroide. O objetivo é entender melhor como se formou o sistema solar e como a Terra se tornou habitável. “A cada revelação de Bennu estamos mais perto de desvendar os mistérios da nossa herança cósmica”, afirmou Lauretta.
Uma viagem de sete anos
A missão OSIRIS-REx, da NASA, partiu em 2016 para explorar o asteroide Bennu, um corpo celeste rico em carbono que orbita o Sol. Em outubro de 2020, a sonda recolheu rochas e poeiras da superfície do asteroide e, em setembro deste ano, regressou à Terra com uma cápsula que aterrou no deserto de Utah.
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