A recente decisão da União Europeia de separar o Microsoft Teams do pacote Microsoft 365 na Europa e na Suíça não foi suficiente para acalmar os ânimos no mundo das videoconferências. Eric Yuan, CEO da Zoom, está a pedir que outras agências reguladoras, incluindo a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC), realizem as suas próprias investigações sobre a plataforma de videoconferência da Microsoft.
Yuan quer mais ação das agências reguladoras
O CEO da Zoom expressou a sua opinião durante a conferência de tecnologia da Goldman Sachs, afirmando que a decisão da UE foi um passo na direção certa, mas insuficiente. Yuan sugere que a FTC deveria também investigar a situação, embora a agência ainda não tenha respondido a perguntas sobre se tenciona ou não abrir uma investigação própria.
A decisão da UE e o seu impacto
A decisão da União Europeia resultou na remoção do Microsoft Teams do pacote Microsoft 365 em países da Área Económica Europeia e na Suíça. Os clientes nestas regiões agora pagam alguns euros a menos pelo pacote de software de escritório e têm de pagar uma taxa adicional para aceder ao serviço de videoconferência.
O cenário mais amplo
Não é apenas a Microsoft que oferece software de videoconferência como parte de um pacote mais amplo. O Google Meet, por exemplo, faz parte do pacote Google Workspace que muitas outras empresas utilizam. No entanto, a Microsoft tem estado no centro das atenções este ano, com várias outras queixas, incluindo a dificuldade para os clientes de cloud mudarem de fornecedor devido a limitações técnicas e custos.
Microsoft ainda em silêncio
Até ao momento, a Microsoft não respondeu aos pedidos de comentário sobre as recentes mudanças na Europa e se planeia fazer alterações semelhantes a nível global. A empresa tem enfrentado críticas não apenas da Zoom, mas também de outros concorrentes e clientes insatisfeitos.
O que vem a seguir?
A decisão da UE pode ser um precedente para outras investigações e mudanças regulatórias em diferentes partes do mundo. Com a crescente importância das plataformas de videoconferência, especialmente na era pós-pandémica, as ações das agências reguladoras podem ter um impacto significativo na forma como estas plataformas operam e competem entre si.
Assim, enquanto a decisão da UE pode ter sido um pequeno passo para a regulação mais rigorosa das práticas de negócios da Microsoft, pode também ser o início de uma série de investigações e mudanças que poderiam nivelar o campo de jogo para outras empresas no espaço de videoconferência.
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