Em uma tentativa de diminuir a evasão escolar, a cidade japonesa está investindo 1,55 milhão de ienes (cerca de US$10,5 milhões) para trazer robôs para as salas de aula. Venha entender essa medida interessante!
A cidade de Kumamoto, no sudoeste do Japão, está embarcando em uma jornada tecnológica pioneira para combater a evasão escolar.
Recentemente, o Conselho Municipal de Educação de Kumamoto anunciou um plano audacioso de instalar avatares de robôs nas salas de aula.
Esses robôs, equipados com microfones, alto-falantes e câmeras, têm como objetivo revolucionar a forma como os alunos participam das aulas e se comunicam com os professores.
Em um país conhecido por sua tecnologia de ponta, essa iniciativa é considerada rara e inovadora.
Dois robôs, cada um com cerca de 1 metro de altura, serão introduzidos no projeto.
O que torna essa ideia ainda mais surpreendente é que os tablets conectados a esses robôs podem ser controlados remotamente pelos alunos a partir de seus laptops em casa.
A ideia é permitir que eles participem das aulas e interajam com seus colegas e professores de maneira virtual.
O objetivo é não apenas melhorar a participação dos alunos nas aulas, mas também deixar que os robôs circulem livremente pelas instalações da escola e participem de eventos, proporcionando uma experiência de aprendizado mais interativa.
Um esforço contra a crescente evasão escolar
A decisão de implementar essa tecnologia revolucionária foi impulsionada pelo aumento preocupante na evasão escolar.
Desde 2018, tem havido um aumento constante no número de estudantes que faltam às aulas.
No ano letivo de 2022, 2.760 alunos do ensino fundamental e médio em Kumamoto não frequentaram as aulas, marcando o quarto ano consecutivo de aumento nas faltas, em comparação com 1.283 faltas registradas no ano letivo de 2018.
O Conselho de Educação de Kumamoto acredita que a introdução de robôs pode ser uma solução inovadora para esse problema.
Um funcionário do conselho explicou que “além de permitir que eles assistam às aulas, os robôs fazem com que os alunos se movam livremente no espaço e se comuniquem com outras pessoas por sua própria vontade.”
Outras medidas já haviam sido tomadas pelo conselho de Kumamoto. Em janeiro, assistentes de ensino on-line foram implementados nas escolas da cidade.
O teste, que funcionou como uma primeira tentativa de trazer a tecnologia para o combate à evasão escolar, teve ótimos feedbacks dos alunos, que afirmaram que o sistema digital os ajudou a reduzir suas ansiedades em relação a comunicação e aumentar a auto-estima.
Futuro incerto, mas promissor
O projeto de robôs nas salas de aula de Kumamoto é, sem dúvida, uma iniciativa ousada que merece atenção.
Os resultados dessa experiência inovadora serão avaliados até março de 2024. Embora seja impossível prever com certeza o impacto a longo prazo dessa tecnologia, ela certamente promete uma abordagem criativa e interativa para combater a evasão escolar.
A tecnologia está desempenhando um papel cada vez mais significativo em nossas vidas cotidianas, e sua aplicação no setor educacional é uma evolução natural.
À medida que o projeto de Kumamoto progride, será interessante acompanhar como essa fusão de IA e educação pode moldar o futuro da aprendizagem.
Em um mundo em constante evolução, inovações como essa destacam a importância da adaptação e do pensamento criativo para abordar desafios complexos.
O futuro da educação pode estar mais conectado à tecnologia do que nunca, e apenas o tempo dirá como essa abordagem pode influenciar a maneira como aprendemos e ensinamos.
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