Os serviços de streaming passaram a aumentar o valor de suas assinaturas sem anúncios e geram insatisfação nos consumidores que não querem ter seus filmes e séries interrompidos com comerciais. Venha entender a polêmica!
Nos últimos tempos, nomes de peso como Disney+, Netflix, HBO Max e até a Amazon Prime Video estão adotando uma estratégia controversa ao incluir anúncios em sua programação.
Parece um movimento inusitado, não é? Mas, na verdade, essa mudança não vem de hoje e tem objetivos claros.
Neste texto você irá entender como essa nova configuração nos streamings podem mudar como você assiste a seus filmes e séries!
Disney+ aumenta os preços
O streaming da gigante do entretenimento surpreendeu seus assinantes ao anunciar um aumento de US$3 em seu plano mensal sem anúncios. Agora, ele custará US$13,99, o dobro do valor cobrado quando foi lançado em 2019.
Mas a Disney não está sozinha nessa. A Amazon Prime Video também anunciou recentemente que irá cobrar um adicional de US$2,99 por mês dos usuários que desejam continuar sem anúncios a partir do próximo ano.
Outras empresas do ramo, como a Warner Bros. Discovery, NBCUniversal com seu Peacock e até a Paramount+, também realizaram aumentos de preços em suas mensalidades.
Por que isso está acontecendo?
Esses aumentos de preços ocorrem depois de anos de investimentos maciços das empresas de entretenimento no streaming, uma resposta ao declínio dos serviços de televisão tradicionais.
Pressionadas pelos acionistas, essas empresas decidiram que os dias de conteúdos baratos chegassem ao fim, a não ser que você esteja disposto a assistir a anúncios.
Mas por que essa mudança está acontecendo agora e como isso afeta você, consumidor de streaming?
Nesse movimento, o Hulu foi pioneiro em uma abordagem interessante quando lançou sua assinatura paga em 2010.
Eles foram os primeiros a pedir que os assinantes pagassem mensalidades e ainda assistissem a anúncios. Na época, foi uma ideia controversa, mas funcionou surpreendentemente bem.
Alguns anos depois, o Hulu ofereceu um plano sem anúncios, que custava um pouco mais. A empresa, no entanto, não fez um grande esforço para converter os assinantes existentes.
E o motivo disso é que eles perceberam que poderiam compensar as taxas extras de assinatura com publicidade em vídeo premium.
A receita média por usuário do plano com anúncios do Hulu era, na verdade, maior do que aqueles que escolheram o plano sem eles.
A Netflix, que resistiu à publicidade durante muito tempo, finalmente mudou de ideia e seguiu os passos do Hulu em 2022, lançando um plano com anúncios.
A estratégia parece estar funcionando para eles também. O CFO da Netflix, Spencer Neumann, disse que as receitas mensais por usuário no plano com anúncios de US$6,99 já superaram as do plano sem anúncios de US$15,94.
O futuro dos planos de assinatura com anúncios
Os números mostram que a estratégia de aumentar os preços dos planos sem anúncios está funcionando.
Analistas prevêem que os serviços de streaming gerarão US$6 bilhões com assinaturas com comerciais somente este ano, com a possibilidade de chegar a US$20 bilhões até 2029, de acordo com um relatório da Digital TV Research.
A Apple, que mantém seu serviço Apple TV+ sem anúncios por enquanto, também está de olho nessa tendência. Recentemente, a empresa contratou um executivo de publicidade e deixou claro que pode estar considerando a introdução de interrupções no futuro.
Embora alguns especialistas alertem para um possível limite de crescimento devido ao aumento da concorrência publicitária, outros acreditam que essa inovação pode compensar.
A mudança na direção dos planos de assinatura não mostra sinais de desaceleração. À medida que as empresas buscam manter o equilíbrio entre lucro e satisfação do cliente, o cenário do streaming continua a evoluir.
Quem sabe o que o futuro reserva para os serviços de streaming e como essa revolução afetará a forma como consumimos conteúdo online? A única certeza é que essa história está longe de terminar.
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