A pirataria de vídeo em streaming está a aumentar, e um novo estudo sugere que o aumento dos custos de subscrição pode ser o culpado. Serviços como Netflix, Disney+ e Amazon Prime Video têm vindo a aumentar os preços, e os consumidores parecem estar a virar-se para alternativas menos legais.
Este fenómeno não é exclusivo de um país ou região. Um relatório publicado pela União Europeia mostra que a pirataria está a crescer globalmente, especialmente no que toca a séries de televisão.
A estratégia de preços que está a mudar o jogo
Nos últimos nove meses, houve aumentos significativos nos custos de subscrição de serviços de streaming. Por exemplo, em dezembro do ano passado, a Disney aumentou o preço do seu plano padrão de $7.99 para $11.99. Simultaneamente, introduziu um novo plano básico de $7.99 que inclui anúncios.
- Disney+: Aumento de $7.99 para $11.99
- Netflix: Plano básico sem anúncios descontinuado
- Amazon Prime Video: Opção de plano com anúncios por $3 extra por mês
A Amazon Prime Video também entrou na onda, oferecendo aos utilizadores a opção de ver anúncios ou pagar $3 adicionais por mês para uma experiência sem anúncios.
O impacto nos números de pirataria
O aumento dos custos de subscrição parece estar diretamente relacionado com o aumento da pirataria. Segundo dados, o acesso a conteúdo pirateado por utilizador de internet por mês começou em cerca de 11.5 em 2017, atingiu um mínimo de cerca de 5 no início de 2021 e aumentou para 7 no final de 2022.
Fatores socioeconómicos também em jogo
Não são apenas os preços que estão a influenciar este aumento. Fatores como baixo rendimento per capita, elevado grau de desigualdade de rendimentos e elevada taxa de desemprego jovem também estão associados ao aumento do consumo de conteúdo pirateado.
O que isto significa para o futuro do streaming?
O aumento da pirataria coloca em questão a sustentabilidade dos modelos de negócio atuais dos serviços de streaming. Com a pirataria a crescer, especialmente em séries de televisão que representaram 48% de toda a pirataria agregada em 2022, as empresas podem ter de reconsiderar as suas estratégias de preços e publicidade.
Embora seja difícil prever o futuro, uma coisa é certa: os serviços de streaming terão de encontrar um equilíbrio entre rentabilidade e acessibilidade se quiserem manter os seus utilizadores dentro da legalidade.
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