A NASA recolheu com sucesso uma cápsula com amostras de um asteroide, trazidas pela sonda OSIRIS-REx. A cápsula entrou na atmosfera terrestre e aterrou no deserto do Utah, onde foi recebida por uma equipa de recuperação.
250 gramas de material
A cápsula contém cerca de 250 gramas de material do asteroide Bennu, que se estima ter 4,5 mil milhões de anos de idade. As amostras são preciosas para os cientistas, pois podem conter vestígios da origem do sistema solar e da vida na Terra.
2,2 mil milhões de quilómetros
A sonda OSIRIS-REx recolheu as amostras em outubro de 2020, após aproximar-se da superfície do asteroide e pousar num local previamente selecionado. A sonda iniciou o seu regresso à Terra em maio de 2021 e percorreu cerca de 2,2 mil milhões de quilómetros até libertar a cápsula, que aterrou no deserto do Utah.
A equipa de recuperação da NASA ensaiou durante meses os procedimentos para recuperar a cápsula do deserto do Utah. Após localizar e embalar a cápsula, a equipa transportou-a por helicóptero para uma sala limpa temporária no local, onde foi aberta e extraída a amostra.
Fluxo de nitrogénio
Assim que a equipa de desmontagem abriu a cápsula e removeu vários componentes, expondo o contentor de amostras fechado, o recipiente foi ligado a um fluxo contínuo de nitrogénio, monitorizado a cada hora.
O nitrogénio é um gás inerte que protegerá a amostra de Bennu do oxigénio, da humidade e de outros contaminantes; a NASA utiliza o nitrogénio para proteger as amostras espaciais desde a era Apollo.
Hoje, a amostra foi enviada por avião para o Centro Espacial Johnson da NASA em Houston, onde será analisada por cientistas de todo o mundo.
Japão também já recolheu amostras de asteroide
A missão OSIRIS-REx é a primeira da NASA a recolher amostras de um asteroide e a segunda na história da exploração espacial, depois da missão Hayabusa2 da JAXA (Agência Espacial Japonesa), que trouxe amostras do asteroide Ryugu em 2020. A NASA e a JAXA estão a colaborar para analisar e comparar as amostras dos dois asteroides, que podem ter origens comuns.
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