A Neuralink, de Elon Musk, está enfrentando grandes polêmicas por conta de denúncias de morte de macacos em testes de implantes metálicos. As acusações levantam preocupações sobre a transparência da pesquisa. Venha entender!
Recentemente, surgiram preocupações sobre os testes da Neuralink em macacos, e Elon Musk, o fundador da empresa, negou que qualquer animal tenha morrido como resultado dos implantes.
No entanto, um novo relatório da Wired levanta dúvidas sobre essa afirmação.
Vamos analisar o que está acontecendo e o que isso significa para o Neuralink e seus experimentos.
Os documentos reveladores
Documentos públicos obtidos pelo Comitê de Médicos para Medicina Responsável (PCRM) sugerem que os macacos usados pela Neuralink em testes enfrentam consequências significativas. A grande maioria deles tiveram de ser sacrificados por isso.
Essas complicações incluem sintomas graves, como “diarreia com sangue, paralisia parcial e edema cerebral”.
Um caso específico nos documentos é o de um macaco masculino sacrificado em março de 2020 devido a um “implante craniano solto”. A necropsia revelou que uma falha no implante foi mecânica, não relacionada à infecção.
Apesar das preocupações recentes, a Neuralink anunciou que está avançando com testes em seres humanos, focando em pessoas com tetraplegia.
Isso indica que a empresa está comprometida em continuar seus esforços na área de interfaces cérebro-computador, apesar das controvérsias.
As alegações de fraude em títulos
Entretanto, os conflitos não acabam por aí!
O PCRM alega que os documentos que obtiveram levantam questões sobre a transparência da Neuralink e acusam Elon Musk de fraude em títulos.
Isso está relacionado aos investimentos de US$ 280 milhões que a empresa arrecadou para desenvolver sua tecnologia. O PCRM afirma que Musk deveria ter divulgado informações sobre os testes em macacos aos investidores.
Para completar a polêmica, um ex-funcionário da Neuralink, que permanece anônimo por medo de represálias, contestou a declaração do bilionário e afirmou que os macacos usados nos testes já chegaram a morrer.
Ele alega que os animais estavam sob cuidados da Neuralink por cerca de um ano antes dos procedimentos cirúrgicos. Isso contradiz a afirmação de Musk de que a empresa escolheu como cobaias macacos que estavam em estado “terminal” (já perto da morte).
Conflitos com a Lei de Bem-Estar Animal
No ano passado, o PCRM apresentou uma reclamação ao Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), alegando que as práticas da Neuralink violavam a Lei de Bem-Estar Animal.
Além disso, a empresa está enfrentando uma investigação do Departamento de Transportes dos Estados Unidos sobre denúncias de transporte ilegal de dispositivos contaminados que foram removidos dos cérebros dos macacos.
Essa polêmica lança uma sombra sobre o futuro da Neuralink e suas ambições de criar interfaces cérebro-computador revolucionárias. A empresa enfrenta desafios legais importantes e a necessidade de esclarecer suas práticas e procedimentos.
Os resultados dos processos terão um impacto significativo no campo das interfaces cérebro-computador, bem como nas questões éticas relacionadas ao uso de animais em testes.
A controvérsia em torno da transparência da Neuralink levanta questões sérias sobre a pesquisa científica.
O futuro da empresa está atualmente em jogo, enquanto aguardamos mais informações sobre esses casos em andamento.
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