Abrangendo conteúdos de imagem, vídeo e áudio em todas as plataformas da empresa, o Google agora exige que conteúdos produzidos por IA relacionados a anúncios eleitorais sejam sinalizados. Venha entender como essa regra vai funcionar!
No mundo em constante evolução da tecnologia, a inteligência artificial (IA) desempenha um papel cada vez mais importante em nossa vida cotidiana.
Entretanto, com esse avanço também surgem desafios, especialmente quando se trata de questões políticas e eleições.
O Google, uma das gigantes da tecnologia, está tomando medidas importantes para garantir a transparência nas eleições, tornando obrigatória a sinalização de conteúdos gerados por IA em anúncios eleitorais ainda em 2023.
Neste artigo, vamos explorar o que isso significa e por que é tão importante para os eleitores.
O crescimento da IA Generativa
A IA generativa, que tem ganhado destaque nos últimos anos, permite a criação de conteúdo como roteiros de filmes, vídeos, imagens e sons de maneira automatizada e eficiente.
Isso proporciona uma série de oportunidades para anunciantes e criadores de conteúdo, mas também levanta preocupações significativas sobre a disseminação de desinformação e a dificuldade de distinguir entre conteúdo real e gerado por inteligência artificial.
O ChatGPT, da OpenIA, e o Bard, da Google, são alguns exemplos de IAs generativas de texto que estão, cada vez mais, ganhando espaço no dia a dia da comunicação em geral.
Deep Fakes e desinformação
Um dos maiores desafios que surgem com o uso dessas plataformas generativas é a criação de deep fakes. Essas são representações falsas e altamente convincentes de pessoas ou situações, criadas com o auxílio de algoritmos de Inteligência.
O perigo desses deep fakes está na capacidade de confundir os limites entre realidade e ficção, tornando difícil para o público entender o que é verdadeiro e o que é falso.
Empresas de segurança cibernética, como a Mandiant, alertaram para o aumento do uso de IA em campanhas de desinformação online.
Embora o Google tenha implementado medidas de transparência em suas plataformas, ainda existem preocupações legítimas sobre como a IA generativa pode ser usada para influenciar eleições e difundir informações falsas.
A resposta do Google
O Google, que já foi criticado por permitir a disseminação de desinformação em suas plataformas, está se movendo para abordar essa questão crítica.
A empresa anunciou recentemente que todos os anúncios eleitorais serão obrigados a adicionar uma divulgação clara e evidente quando seus conteúdos forem gerados por IA.
Essa política se aplica a todo tipo de conteúdo, incluindo imagem, vídeo e áudio, e visa fornecer aos eleitores uma maneira mais clara de identificar anúncios que possam conter deep fakes ou conteúdo manipulado.
A proposta vem apenas alguns meses do início do ano eleitoral nos Estados Unidos, em novembro de 2024, o que pode alterar os votos dos eleitores.
A importância da transparência eleitoral
A implementação dessa política pelo Google destaca a importância da transparência nas eleições.
À medida que as eleições se aproximam em vários países, a capacidade de distinguir informações reais de desinformação torna-se cada vez mais crucial. Os eleitores devem ter acesso a informações precisas e confiáveis para tomar decisões informadas nas urnas.
É importante observar que o Google deixou claro que qualquer conteúdo gerado por IA que não seja relevante para as eleições, não precisará cumprir com os requisitos de divulgação.
Isso ajuda a evitar que informações legítimas sejam excessivamente regulamentadas, ao mesmo tempo em que combate a disseminação de conteúdo falso.
A medida do Google de tornar obrigatória a sinalização de conteúdo gerado por inteligência artificial é um passo importante na direção de garantir que os usuários/utilizadores da plataforma tenham informações transparentes e confiáveis.
Assim, conforme a tecnologia continua avançando, é essencial que as empresas de tecnologia e plataformas online assumam a responsabilidade de combater a desinformação e promover a transparência.
E depois desse primeiro passo da gigante do setor, o esperado é que outras empresas sigam o exemplo do Google e adotem medidas semelhantes para proteger a disseminação de informações verdadeiras.
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