O maior julgamento já enfrentado pelo Google teve início nesta terça, dia 12 de setembro, no qual suas práticas de monopólio foram colocadas em pauta. Venha entender o que está acontecendo com a gigante da tecnologia!
Nesta terça-feira, um dos julgamentos mais significativos envolvendo o gigante da internet, o Google, terá início nos Estados Unidos.
A pergunta que o sistema judicial americano tentará responder é se o sucesso do mecanismo de busca do Google é resultado de um desempenho excepcional ou de práticas ilegais de monopólio.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos alega que a empresa de tecnologia estabeleceu sua posição dominante na internet através de acordos ilegais com empresas como Samsung, Apple e Firefox.
Esses acordos visavam fazer com que essas empresas instalassem o mecanismo de busca do Google como a opção padrão em seus smartphones e serviços.
Aproximadamente uma centena de testemunhas deve prestar depoimento perante um juiz federal durante as próximas dez semanas de audiências.
Kent Walker, diretor jurídico da Alphabet, a empresa-mãe do Google, afirmou: “Nossa trajetória de sucesso é legítima. As pessoas escolhem usar o Google porque querem, não porque não têm alternativa.”
Os tribunais vs. as gigantes da tecnologia
Este processo é o maior caso antimonopólio movido contra uma gigante da tecnologia desde que o Departamento de Justiça enfrentou a Microsoft por mais de duas décadas de domínio do sistema operacional Windows.
O caso contra a Microsoft, iniciado em 1998, chegou a um acordo em 2001 após uma decisão judicial que exigia a divisão da empresa ter sido anulada por um tribunal de apelações.
O Google, uma vez considerado uma startup em ascensão e um favorito do Vale do Silício, oferecia uma maneira inovadora de realizar buscas na internet. No entanto, segundo o Departamento de Justiça, esse Google inicial já não existe.
Segundo John Lopatka, professor de direito da Faculdade de Direito da Penn State, “em 20 anos, a tecnologia evoluiu muito, portanto, o resultado deste caso terá um grande impacto no futuro das plataformas tecnológicas.”
O foco principal do processo será nos contratos que o Google assinou com fabricantes de dispositivos, operadoras de telefonia móvel (como T-Mobile ou AT&T) e outras empresas.
O governo alega que esses contratos deixam poucas oportunidades para concorrentes, como o Bing (Microsoft) e o DuckDuckGo.
O Google, cujo nome se tornou sinônimo de busca na internet, detém cerca de 90% desse mercado nos Estados Unidos e em todo o mundo, principalmente em smartphones, incluindo iPhones (Apple) e dispositivos com sistema operacional Android, de propriedade do Google.
A empresa californiana, fundada em 1998 por Sergey Brin e Larry Page, afirma que a popularidade de seu mecanismo de busca se deve à qualidade de seu serviço e que o caso é retrógrado.
Assim, considerando o momento de inovação sem precedentes em que vivemos, com avanços em inteligência artificial, novos aplicativos e serviços que criam mais concorrência e opções para o público do que nunca antes.
Outros artigos interessantes: