Facebook está agora sujeito a um processo judicial devido a alegações de práticas publicitárias discriminatórias. Um tribunal de recurso da Califórnia decidiu que a empresa pode ser processada, revogando uma decisão anterior que protegia a rede social sob a Lei da Secção 230.
O caso que abalou as estruturas legais
O caso foi iniciado por Samantha Liapes, uma mulher de 48 anos que usou o Facebook para procurar fornecedores de seguros. A ação judicial alega que o sistema de entrega de anúncios do Facebook discriminou Liapes com base na sua idade e género, ao não lhe mostrar anúncios de seguros.
A decisão do tribunal de recurso, tomada a 21 de setembro, anulou uma decisão anterior que protegia o Facebook de responsabilidade legal sob a Secção 230. O tribunal concluiu que o caso demonstrava suficientemente que o Facebook estava ciente de que os anunciantes de seguros estavam a segmentar anúncios com base na idade e no género dos utilizadores, violando a Lei dos Direitos Civis de Unruh.
O passado sombrio do algoritmo do Facebook
O algoritmo de publicidade do Facebook tem sido objeto de escrutínio há anos. Em 2018, a empresa enfrentou um processo federal acusando-a de permitir discriminação habitacional. O Facebook chegou a um acordo com o governo dos EUA em 2022 e implementou um novo sistema de distribuição de anúncios para abordar a discriminação habitacional.
Em contraste, meios de comunicação tradicionais como o The New York Times implementaram controles rigorosos para evitar anúncios habitacionais discriminatórios. Estas práticas sublinham a responsabilidade que plataformas como o Facebook têm em prevenir a discriminação.
Implicações e futuro
A decisão recente e o escrutínio contínuo realçam a importância de responsabilizar as empresas de tecnologia. Este caso serve como um marco significativo na luta contra a discriminação online e na defesa dos direitos civis na era digital.
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