Jeff Bezos e o conselho de administração da Amazon estão a enfrentar um processo judicial movido por um acionista da empresa. O motivo? Alegadamente, não consideraram a SpaceX como uma alternativa viável para o lançamento de satélites do Project Kuiper da Amazon. O processo afirma que contratos de mil milhões de dólares foram atribuídos à Blue Origin, a empresa espacial de Bezos, sem uma avaliação completa.
A controvérsia em torno do Project Kuiper
O Project Kuiper da Amazon é um ambicioso plano para lançar mais de 3.000 satélites que fornecerão internet de banda larga a regiões remotas. Este projeto é visto como um rival direto do Starlink de Elon Musk. Segundo o processo, a Amazon já pagou cerca de 1,7 mil milhões de dólares a fornecedores de lançamento, incluindo 585 milhões diretamente à Blue Origin. Contudo, até agora, nenhum protótipo do satélite Kuiper foi lançado.
Quem está por trás do processo?
O processo foi apresentado pelo Cleveland Bakers and Teamsters Pension Fund. Este fundo de pensões alega que a decisão de atribuir contratos à Blue Origin foi a segunda maior despesa de capital na história da Amazon. A maior foi a aquisição da Whole Foods em 2017, num negócio avaliado em 13,7 mil milhões de dólares.
Questionada sobre o processo, um porta-voz da Amazon afirmou que as alegações são completamente infundadas e que a empresa está ansiosa para provar isso em tribunal. O fundo de pensões procura uma indemnização não especificada e o pagamento de custas judiciais.
O que isto significa para o futuro do Project Kuiper?
O Project Kuiper tem planos para iniciar a produção em massa dos satélites ainda este ano e começar os testes beta com clientes comerciais em 2024. A meta de implementação para 2024 permitirá à Amazon cumprir um mandato regulatório da FCC para lançar metade da sua rede Kuiper de 3.236 satélites até 2026.
Este processo levanta questões sobre como as grandes empresas tomam decisões de contratação para projetos de grande escala. Também coloca em destaque a crescente rivalidade entre as empresas espaciais de dois dos empresários mais ricos do mundo: Jeff Bezos e Elon Musk. Independentemente do resultado, este caso é mais um capítulo na corrida para fornecer internet via satélite a nível global.
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