Com a ambição de criar um modelo de IA generativa como o ChatGPT, da OpenIA, mas treinado com dados de moléculas de proteínas, a startup criada por ex-pesquisadores da Meta é uma das grandes apostas no ramo para os próximos anos. Venha conferir!
EvolutionaryScale é o nome da mais nova startup de biotecnologia que vem dominando o mercado. Tendo por base a ideia de trazer a IA para esse campo de conhecimento, a empresa já arrecadou cerca de US$40 milhões em investimentos.
Fundada por oito ex-pesquisadores da Meta, gigante do ramo tecnológico comandada por Mark Zuckerberg, a equipe se tornou reconhecida por seus estudos de inteligência artificial voltada para a biologia.
Agora, com a startup, o grupo pretende criar uma IA generativa parecida com o Bard e o GPT-4, mas treinála usando informações de moléculas de proteína.
A ideia é que o sistema seja capaz de prever estruturas de proteína desconhecidas com base em suas informações moleculares.
Venha entender a jornada que levou a empresa até esse ponto e como ela vem se distanciando da Meta.
O começo ainda na Meta
Alexander Rives, CEO da EvolutionaryScale, foi um dos responsáveis por liderar estudos de biotecnologia com IA ainda dentro da Meta. Entretanto, o projeto foi parado pela própria empresa.
Com a descontinuidade da pesquisa, Rivers e outros 7 integrantes da equipe se desligaram da Big Tech para formar sua própria startup, que hoje já possui uma base de dados com cerca de 700 milhões de estruturas de proteína em 3D.
A ideia da empresa é que a IA generativa possa ser usada para acelerar e facilitar a criação de medicamentos, na criação de microrganismos capazes de eliminar poluição e até mesmo no desenvolvimento de produtos químicos inovadores.
A caminhada da EvolutionaryScale teve seu início oficial em junho deste ano, quando começou com a rodada de financiamentos inicial.
Com o objetivo de arrecadar dinheiro para expandir as pesquisas e a capacidade de criação de modelos de IA, a empresa captou cerca de US$40 milhões nessa primeira demanda de investimentos liderados pela Lux Capital.
A recepção calorosa de investidores conhecidos na área, como Nat Friedman e Daniel Gross, fez com que a empresa saltasse para um valor de mercado de US$200 milhões em menos de 2 meses.
IA na biotecnologia
A EvolutionaryScale não é a única a explorar como a inteligência artificial pode revolucionar a biotecnologia. Empresas como a DeepMind, do Google, também está trabalhando em seu próprio sistema de IA para prever estruturas de proteínas.
A pesquisa encabeçada pelo CEO da DeepMind, Demis Hassabis, e pelo pesquisador principal, John Jumper, arrecadou US$3 milhões em um prêmio de inovação após publicarem suas descobertas na revista científica Nature.
Para o biólogo e ganhador do Prêmio Nobel de Química de 2009, Venki Ramakrishnan, o que a empresa vem fazendo pode simbolizar um “avanço impressionante” para a área e que “mudaria fundamentalmente a pesquisa biológica”.
Como forma de se destacar no mercado, a EvolutionaryScale foca em uma abordagem de escalonamento de modelos para aumentar a capacidade da IA na biotecnologia.
Além disso, com potencial para revolucionar áreas como medicina, química e biologia, a startup coloca em seus planos um investimento pesado em poder de computação para poder encurtar o tempo e entregar novos modelos com velocidade.
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